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28 de abril de 2022

Seguro cibernético como minimizador de danos face ao aumento de ataques

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Com o largo avanço da tecnologia e o aumento exponencial da utilização da internet, dada sua maior acessibilidade, abriram-se brechas para fraudes e crimes cibernéticos. Assim, pequenas ou grandes empresas acabam se tornando vítimas de criminosos virtuais. Em que pese a existência de programas e ferramentas que fornecem maior proteção a esses crimes, não são suficientes para conter os métodos maliciosos desses bandidos espalhados pela internet.

Indubitável são os inúmeros benefícios trazidos pela internet, trata-se de um proveitoso universo onde se pode extrair das mais diversas utilidades. Entretanto, é necessário estar de olhos abertos para as armadilhas as quais os usuários estão expostos. Para tanto, não há outro modo, deve-se estar preparado para identificar os riscos e prevenir-se, já que, nos dias atuais, a internet tornou-se imprescindível. Assim, não há de se falar em abandonar sua utilização, mas sim aumentar a proteção ante os crimes que são cometidos diariamente no ambiente on-line.

Nesse cenário, mostra-se de grande utilidade o seguro cibernético, criado no ano de 2007 e recepcionado no Brasil em 2012, o qual fornece proteção contra os riscos relacionados a sistemas virtuais, com objetivo principal de conter os prejuízos gerados nesse meio.

Como se sabe, o objetivo do seguro é, no caso de uma perda, receber um suporte ou valor indenizatório para redução de efeitos negativos. Nesse caso, o seguro cibernético surgiu em razão do aumento de vulnerabilidade de segurança virtual.

Trata-se de uma modalidade de seguro, devidamente regulamentada pela Susep, que proporciona uma proteção extra, muitas vezes fundamental, principalmente para as empresas, que em geral possuem numerosos dados pessoais e corporativos que devem ser protegidos, preservando o patrimônio empresarial e também seus clientes e colaboradores.

Com respeito a cobertura desse tipo de seguro, varia de cada seguradora e também do nível contratado, porém em grande maioria é bem extensivo. O segurado geralmente está coberto em relação a responsabilidade civil por dados e informações pessoais ou corporativos, como também os custos para restauração de dados e restituição de imagem pessoal e da sociedade, além de eventuais lucros cessantes por interrupção de rede ou multas ocasionadas pelo ataque.

A depender do dano, os efeitos são diversos, desde a perda de dados da empresa até o vazamento destas, fazendo com que a empresa seja responsabilizada judicialmente, obrigada a indenizar as partes que sofreram com a divulgação de seus dados e informações.

Em que pese as mais variadas medidas de segurança que existam para coibir os ataques cibernéticos, estes continuam a acontecer em larga escala. Por essa razão, cada vez mais mostra-se fundamental as empresas estarem preparadas para proteger seu patrimônio, seu financeiro e seus clientes.

A propósito, não somente dados podem ser atingidos, os ataques podem ser direcionados ao site ou servidor interno, isto é, há a possibilidade de o funcionamento da empresa ficar fora do ar, o que indiretamente já é um prejuízo enorme que se prolonga com o período interrompido.

Tendo em vista a vulnerabilidade crescente no meio virtual, os crimes cibernéticos revelam-se uma ameaça global que aumenta exponencialmente e podem prejudicar diversos setores da economia. Em 2021, a Toyota Motor Corporation, grande fabricante automotivo japonês, sofreu um ataque cibernético que paralisou as fábricas da automobilística por um dia inteiro, a suspensão atingiu a produção de cerca de 13 mil veículos [1]. Ao que se percebe, até mesmo uma gigante empresa automobilística pode sofrer com ataques cibernéticos, capazes de invalidar e suspender a produção na montadora, tamanho poder desses criminosos em comprometer a segurança cibernética.

A empresa que contrata um seguro cibernético se vê sob uma prevenção maior contra os ataques virtuais que possam causar prejuízo monetário ou até mesmo perda total de dados. Essa é uma espécie de seguro que cresce devagar em nosso país, apesar de sua extrema importância. Na maioria das vezes, a prevenção é direcionada para outros meios, esquecendo — ou mesmo desconhecendo — a possibilidade de vazamento de dados e o prejuízo que um ataque cibernético pode causar.

Desse modo, tratar o seguro cibernético com bons olhos mostra-se necessário, pelos principais motivos: (1) aumento de crimes cibernéticos envolvendo grandes prejuízos financeiros e perda de dados; (2) detecção e prevenção são fatores complexos; e (3) os ataques são cada vez mais habituais e aperfeiçoados.

Não há como negar, o avanço da tecnologia atingiu um ponto onde os crimes cibernéticos tornaram-se uma realidade cotidiana, estando as empresas sujeitas a esses riscos. Dessa feita, surge como uma solução viável a contratação de “cyber” seguros, onde pretende-se evitar a violação de dados, tornando as empresas mais protegidas e sólidas quanto a defesa e prevenção contra o risco cibernético.

Fonte: Conjur

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