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18 de setembro de 2023

Brasil pode produzir 3,6 vezes mais energia com usinas eólicas no mar

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Apesar de a energia eólica ser mais associada ao vento, a produção desse tipo de energia limpa também ficará atrelada também aos mares. É que as usinas eólicas fora de terra firme – as offshore – têm o potebcial de fazer o Brasil experimentar um aumento de 3,6 vezes na capacidade de produção de energia elétrica, conforme aponta o estudo Oportunidades e Desafios para Geração Eólica Offshore no Brasil e a Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O estudo foi lançado na última terça-feira (12/9), em Brasília, durante o evento Diálogo Pré-COP 28: O Papel da Indústria na Agenda de Clima, que buscou debater os assuntos da Conferência da Organização Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climática (COP), que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre 30 de novembro e 12 de dezembro deste ano.

Esse número é 3,6 vezes maior que a capacidade total de energia elétrica já instalada no Sistema Interligado Nacional, que abarca 194 gw.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 26 gigawatts (gw) de capacidade energética instalada só na parte eólica, graças aos mais de 900 parques eólicos distribuídos em 12 estados. Esse número representa mais de R$ 200 bilhões investidos, durante mais de uma década, segundo informações do Ministério de Minas e Energia (MME).

Questionado, o MME destacou que os números da indústria eólica impressionam principalmente pelo que representam na redução das desigualdades regionais, já que os parques eólicos trazem renda para milhares de famílias, em especial na Região Nordeste e no norte de Minas Gerais.

Expansão: oportunidade e desafio
A implementação e expansão da energia eólica offshore são consideradas um desafio repleto de oportunidades, segundo o engenheiro civil-hidráulico Miguel Fernandez, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “É um desafio, de ordem operacional-econômica, que pode ser muito interessante dependendo de como for solucionada e integrada as oportunidades que surgirem”, afirma.

Segundo Fernandez, o descomissionamento – quando algo é desativado ou dividido em partes menores – das plataformas de petróleo pode ser uma oportunidade, já que podem ser recomissionadas em energia eólica offshore.

“A situação mais interessante é com a necessidade de descomissionamento de plataformas de petróleo em virtude do fim da exploração de áreas que, hoje, estão aí chegando em seu término de disponibilidade de extração e, ao invés de serem removidas do seu local, o que gera um grande custo, podem ser recomissionadas para gerar energia eólica”, explica o engenheiro.

Ao todo, em torno de 30 plataformas devem ser recomissionadas pela Petrobras nos próximos anos em todo o país e isso pode oferecer a oportunidade necessária de expansão da energia eólica offshore, segundo Fernandez. “São pontos que podem ter bastante viabilidade econômica e técnica para se tornarem espaços de energia eólica em alto-mar”, ressalta.

Marco legal das offshores
Quando perguntado sobre como o governo federal tem atuado em busca da ampliação da energia em questão, o MME afirmou ao Metrópoles que pretende continuar a investir em energia limpa e renovável e que luta em prol do instituição e avanço de um possível marco legal para as eólicas offshore.

Ao todo, são 80 projetos que estão em processo de licenciamento ambiental e que podem produzir 200 gw de energia. “Queremos que o potencial brasileiro de 200 gwde eólicas offshore produzam energia limpa para o mundo, nos ajudando a transformar o Brasil”, afirmou.

Silveira se refere aos dados de potencial de geração de energia de 189 gw das usinas eólicas no mar. Ao todo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tinha compilado 78 pedidos de licenciamento desse setor, até agosto.

Fonte: Metrópoles

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