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26 de outubro de 2020

Tecnologias brasileiras podem ser adotadas para o desenvolvimento do sistema produtivo na África, diz ministra

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ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou, nesta segunda-feira (26) a importância da cooperação entre Brasil e África no setor agrícola para o desenvolvimento e a geração de renda e oportunidades. Ao participar do evento Focus on Africa, promovido pelo Standard Bank Brasil, a ministra disse que as tecnologias desenvolvidas pelo Brasil ao longo dos últimos anos podem ser adaptadas e adotadas por países africanos para ajudar a fomentar seus sistemas produtivos.

“Essa parceria estratégica, que seguimos buscando construir, é uma via de duas mãos: contribuir para o desenvolvimento da produção africana pressupõe também um tratamento aberto à comercialização da produção brasileira. Para a África chegar ao mundo, deve também se abrir ao mundo e ao Brasil”, destacou a ministra. Ela citou dados do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) que mostram que  o continente africano produzirá apenas 13% de suas necessidades alimentares até 2050.

Tereza Cristina também enfatizou que é crucial considerar agricultura e segurança alimentar conjuntamente às questões de comércio agrícola. Para ela, o protecionismo, sobretudo em países desenvolvidos, tem ameaçado a viabilidade de uma agricultura mais moderna e dinâmica em países em desenvolvimento. “Um comércio agrícola de fato livre e justo permitiria, sem dúvida, a disseminação de melhorias das condições no campo, onde está concentrada a maior parte da pobreza no mundo. Desencadearia, ademais, um ciclo virtuoso, em que maior produção descentralizada garantiria maior acesso a alimentação e nutrição adequadas”, disse.

A CEO do Standard Bank Brasil, Natalia Dias, destacou que o agronegócio é um dos setores com maior potencial de engajamento entre Brasil e África. “Vemos um potencial enorme para o agronegócio brasileiro que domina a tecnologia de agricultura tropical tão necessária para o desenvolvimento do setor na África”, disse.

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