Microrrede solar com baterias garante segurança alimentar e aumento de renda para comunidade
A comunidade do Saco das Anchovas, localizada na Área de Proteção Ambiental do Cairuçu (RJ), acaba de receber uma microrrede solar com baterias de lítio, encerrando anos de limitação energética. Antes, os moradores contavam com poucas horas de energia por meio de geradores a diesel.
Agora, com a geração contínua de eletricidade, os reflexos já são sentidos na segurança alimentar e na geração de renda. Os pescadores locais podem armazenar peixes em freezers movidos a energia solar, evitando desperdícios e vendendo em momentos mais vantajosos. Além disso, uma residência foi adaptada para funcionar como hospedaria de ecoturismo, criando nova fonte de renda na baixa temporada.
Energia limpa, renda e conectividade
Com a energia disponível 24 horas por dia, a comunidade também passou a ter acesso contínuo à internet via Starlink. Isso amplia as possibilidades de comunicação, educação e negócios digitais, fortalecendo a inclusão social e econômica.
Segundo Ezequiel Santos, morador local, a microrrede representa uma mudança histórica: “Podemos guardar nossa pesca e até montar um pequeno negócio com a venda desses peixes”.
Projeto sustentável e capacitação local
A microrrede tem capacidade de 806,4 kWh/mês e conta com 5,8 kWp em painéis solares, inversores, baterias de lítio, rede subterrânea, sensores térmicos e câmeras. A Liberdade Solar, responsável pelo projeto, também promoveu capacitação técnica dos moradores, que agora cuidam da manutenção básica da usina.
“Aprendi a usar multímetro e limpar os painéis. Nunca pensei que aprenderia isso”, conta Carolina Santos, moradora.
Para Michel Sednaoui, CEO da Liberdade Solar, o projeto é exemplo de que a energia solar em comunidades isoladas pode promover dignidade, saúde e renda, sem agredir o meio ambiente.
Fonte: Canal Solar
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