Em 2023, serviços especializados batem recorde em participação no valor de obras e número de pessoas ocupadas

A indústria da construção movimentou R$ 484,2 bilhões em 2023, sendo R$ 461,6 bilhões em obras e serviços e R$ 22,6 bilhões em incorporações, segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), do IBGE. Ao todo, 165,8 mil empresas empregaram 2,5 milhões de pessoas, com R$ 89,6 bilhões pagos em salários.
Serviços especializados ganham espaço
Entre 2014 e 2023, os serviços especializados foram o único segmento com crescimento de participação no valor de obras, subindo de 17,8% para 24%. Já a construção de edifícios recuou de 43,9% para 39,8%, e obras de infraestrutura, de 38,3% para 36,3%.
Perda de empregos no setor
O número de pessoas ocupadas caiu 14,7% em uma década, com destaque para a construção de edifícios, que perdeu 273,4 mil postos. Por outro lado, os serviços especializados cresceram e hoje empregam 809,8 mil pessoas. Desde 2019, o setor recuperou parte das vagas perdidas, com alta de 29,4% no total de empregos.
Salários e porte das empresas
A média salarial do setor foi de 2,1 salários mínimos. Obras de infraestrutura pagaram os melhores salários (2,6 s.m.), mas também registraram a maior queda em 10 anos. A média de funcionários por empresa foi de 15.
Participação do setor público e concentração
A participação do setor público nas obras subiu para 31,6% em 2023, embora ainda abaixo dos 33,9% de 2014. O mercado está menos concentrado: as oito maiores empresas representavam 3,3% do total em 2023 — menor índice desde 2007.
Destaques regionais
São Paulo segue como líder em valor de obras (R$ 121 bilhões), seguido por Minas Gerais. O Sul foi a região que mais cresceu em participação na última década, enquanto o Sudeste perdeu espaço.
Fonte: IBGE