Seguro paramétrico conecta soluções inclusivas da NEWE seguros
O propósito de uma seguradora é, mediante arrecadação do prêmio, devolver à sociedade parte do valor arrecadado em forma de indenizações, cuja diferença entre a entrada e saída de recursos remunera essa indústria tão importante para o país. Entretanto, é preciso olhar para as camadas da sociedade que não possuem acesso ao seguro e criar alternativas de inclusão.
E é com este novo olhar que a Newe, uma seguradora que durante muito tempo foi tradicional em seguro Agro, busca agora sinergia deste principal produto com os demais da sua carteira, em especial, com os de Linhas Financeiras. A parceria recente firmada com a BlueOchard, empresa fundada em 2001 por iniciativa da ONU, cujo foco é fortalecer a resiliência dos países em desenvolvimento contra os efeitos da mudança climática e investir em iniciativas baseadas em políticas ASG em todo o planeta, reforçou ainda mais este novo viés da companhia, que vislumbra o Seguro Paramétrico como uma excelente solução capaz de conectar todos os seus pilares.
A Newe tem como objetivo entregar para a sociedade soluções de seguros, como o paramétrico associado ao seguro garantia para pessoa física, por exemplo: “Para o agricultor familiar que precisa de crédito, queremos trazer parceiros para aportar capital e fazer empréstimos mais acessíveis, garantido por uma apólice de seguro garantia.’
“Ao ter a sua lavoura protegida por uma apólice de seguro, o acesso simplificado a linhas de crédito e assistência técnica especializada atrelada a modernas tecnologias visando melhoria no cultivo, o agricultor terá a percepção do real papel do seguro, ao qual nunca teve acesso, criando assim um ecossistema sustentável, avalia Átila Santos, diretor de Linhas Financeiras de Newe Seguros.
E complementa: “considerando que o mercado brasileiro não possui apetite para dar capacidade a este consumidor, enxergamos isso como uma solução muito factível, visto que estamos falando de apólices de seguro Garantia para pessoas físicas com um ticket médio inferior a R$50Mil, com grande possibilidade de ganho em escala”.
Foi possível desenvolver esse seguro a partir da publicação da circular Susep 662, que permite a criação de produtos mais flexíveis, em que a Newe pode levar valor agregado para um novo público, com o seguro garantia para pessoal física. “Queremos criar sinergia entre produtos que, embora pareçam completamente diferentes, são capazes de oferecer mais segurança para os consumidores”, pontua Átila.
Outro ponto fundamental é que o seguro paramétrico também vai ao encontro da preocupação da Newe com a segurança alimentar, visto que 70% do alimento que é consumido no Brasil é oriundo da Agricultura Familiar.
O seguro paramétrico é um produto desenvolvido sob medida para o segurado, porque depende da região e suas características climáticas, além do tamanho da área protegida, no caso do Agro, para que seja formatado. Ele se utiliza de índices que captam a dor do segurado, como, por exemplo, o excesso ou falta de chuva, em um determinado período: “A questão é encontrar dados confiáveis e que nos permitam ter uma visão histórica dos índices, no caso, pluviométricos, no local informado. Como nessa modalidade, na regulação do sinistro não há necessidade de vistoria in loco, apenas a verificação se o índice contratado foi atingido, é importante que o cliente esteja de acordo que tais dados expressam a realidade da região. Esse cuidado minimiza o risco de base (quando o que foi captado pelo índice difere do que ocorreu de fato na propriedade), considerado como fator preponderante para o sucesso do negócio”, explica Thamirys Chaves, gerente de Subscrição Agro e responsável pelo desenvolvimento das soluções de seguro Paramétrico na Newe.
Levar este seguro ao produtor e apresentá-lo como uma oportunidade de crescimento requer proximidade: “Temos um trabalho forte de aculturamento para as pessoas que não pensavam no seguro paramétrico ou no seguro garantia como proteção contra inadimplência em um contrato associado a uma cobertura de intempérie. “Há um trabalho a ser feito na junção de produtos. Caminhamos bem de forma separada e o desafio agora é colocá-los de forma conjunta”, aponta Átila.
Outro desafio é a comercialização, porque é necessário o envolvimento de técnicos de campo, cooperativas corretores especializados e órgãos públicos, atores fundamentais que ao mesmo tempo ajudam o agricultor e os auxiliam na compra de insumos, financiamento e obtenção de subvenção federal. A Newe vê a tecnologia como uma grande aliada nesses casos em que a integração das diversas frentes e a velocidade, tanto da contratação, quanto no pagamento de um eventual sinistro, são fundamentais para promover a credibilidade na solução.
Outro ponto importante é abrir novas possibilidades de avanço através do crédito de carbono, considerando o grande potencial que o setor agrícola tem nesse aspecto. O Desenvolvimento de um ecossistema protegido por uma rede de seguros, que atraia novos investidores para desempenhar um papel crucial ao subsidiar prêmios, fornecer capital para empréstimos mais acessíveis e, até mesmo, fornecer insumos agrícolas aos produtores rurais, pode ser um benefício extra: a vantagem do crédito resultante do sequestro estimado de carbono pela conservação do meio ambiente, como por exemplo a Mata Atlântica, projeto em que a NEWE, em parceria com outras entidades, está investindo no seguro paramétrico.
Seguro paramétrico para o mercado de energia renovável
O seguro paramétrico também tem sinergia com mercado de energias renováveis.
Quando é construída uma usina fotovoltaica, por exemplo, é feito um trabalho prévio para entender qual é a incidência de irradiação solar naquela região, em cada período do ano. É realizada a medição para levantar um índice, sobre o qual posteriormente será definido o percentual de cobertura desejada. Mas atualmente as usinas não possuem proteção contra a variação climática. “Já estamos em fase final de desenvolvimento de um produto que atenda esse público” Pontua Thamirys.
O olhar da NEWE está voltado para pessoas e empresas que estão desassistidas pelo mercado de segurados tradicionais.
Isso só é possível com investimento em inovação e criação de novos produtos, além da importante parceria com os corretores, as cooperativas, e as empresas que apostam nesse modelo sustentável de Seguros. “Enxergamos um “oceano azul” ainda pouco explorado pelas seguradoras e é nele que estamos intensificando nossos esforços para sair na frente e ocupar este espaço ” finaliza Rodrigo Motroni, vice-presidente da Newe Seguros.
Fonte: Revista Apólice
Publicado em: Agro&Negócios, Clima, Energia, Mercado Segurador, NEWE Seguros