Conhecido como inflação do aluguel, IGP-M cai 0,52% em fevereiro
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), também chamado de “inflação do aluguel”, registrou uma queda de 0,52% em fevereiro, com uma diminuição de 3,76% nos últimos 12 meses, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (28).
Após cinco meses, o IGP-M mensal voltou a apresentar números negativos, revertendo o cenário de deflação registrado em janeiro, que marcou 0,07%. Desde agosto de 2023, quando a última deflação foi registrada com -0,14%, houve uma progressiva aceleração do indicador, atingindo 0,74% em dezembro.
O coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, destacou que, apesar dos impactos do fenômeno climático El Niño nas safras brasileiras, os preços dos alimentos contribuíram para a inflação negativa. Ele ressaltou que não houve uma redução generalizada na produção agrícola nacional e previu que a ampliação da oferta global de grãos pode aliviar as pressões inflacionárias sobre os preços dos alimentos no Brasil.
O mercado da soja (-14,18%) e do milho (-7,11%) registrou quedas significativas nos preços para os produtores, refletindo as dinâmicas de oferta e demanda globais. Outro fator importante para conter a inflação foi a queda de 13,97% no preço do óleo de soja.
O IGP-M é composto por três componentes: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a inflação para os produtores e caiu 0,90%; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que avalia o custo de vida das famílias e aumentou 0,53%; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com uma variação positiva de 0,20%.
Além de ser utilizado para reajustar anualmente os contratos de aluguel, o IGP-M também serve como indexador para contratos de serviços prestados por empresas, como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde.
Fonte: Agência Brasil