SÃO MARTINHO: MOAGEM NA SAFRA 2020/21 DEVE SER DE 23,2 MILHÕES DE T; PREVISÃO É DE MIX MAIS AÇUCAREIRO
São Paulo, 30/06/2020 – O Grupo São Martinho espera processar cerca de 23,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2020/21. Se confirmado, o volume será 2,5% superior à moagem reportada na safra anterior, refletindo o aumento na produtividade dos canaviais, de acordo com comunicado da empresa divulgado na noite de ontem, após o fechamento do mercado.
O cenário de pandemia do novo coronavírus, que elevou o prêmio sobre o preço do açúcar em relação ao etanol, levou a companhia a aumentar o mix açucareiro da produção. Nesse sentido, considerando um cenário de maximização da fabricação do adoçante, o volume produzido pode chegar a 1,49 milhão de toneladas, enquanto a produção do etanol ficaria em 970 milhões de litros. Por outro lado, considerando um cenário de “max etanol”, o biocombustível produzido atingiria 1,2 bilhão de litros, enquanto a produção de açúcar ficaria em 1,13 milhão de toneladas.
No comunicado, o grupo São Martinho também informou que acelerou o hedge de açúcar tanto para a safra 2020/21, como para a temporada 2021/22, em função da valorização do dólar ante o real e de oportunidades de maior demanda pelo produto brasileiro no período. Dessa forma, após 31 de março, o volume de açúcar fixado pela companhia aumentou de 873 mil toneladas para 1,09 milhão de toneladas, a um preço médio fixado equivalente a R$ 1.319 por tonelada. Já para a próxima temporada, 260 mil toneladas de açúcar foram fixadas a um preço de R$ 1.449 por tonelada, de acordo com a empresa.
Já em relação ao etanol, diante da queda expressiva na demanda e nos preços, a empresa decidiu armazenar parte do estoque do biocombustível para comercializar a preços mais atrativos nos próximos meses. A companhia também comentou sobre o movimento de recuperação observado no setor de combustíveis, com o afrouxamento das medidas de isolamento social a partir de abril. Segundo o grupo São Martinho, “a depender do ritmo de retomada da economia e da estabilização do preço do petróleo, há uma possibilidade de um cenário mais favorável para os preços de etanol ao longo da safra”, diz a companhia.
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Publicado em: Agro&Negócios