Safra de 2024 deve ficar em 299,6 milhões de toneladas, 5,0% menor do que a de 2023
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE, revelou que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 deve totalizar 299,6 milhões de toneladas. Isso representa uma queda de 5,0% em comparação com o ano anterior, apesar de um aumento de 0,4% em relação à estimativa de março.
Soja: Aumento na Produção, mas com Queda Anual
A produção de soja, embora tenha crescido 0,9% em relação à estimativa de março, deve registrar uma redução de 2,4% em comparação com o ano passado. O fenômeno climático El Nino afetou significativamente a produção, com destaque para os problemas enfrentados em diversas unidades da federação produtoras.
Milho: Queda Acentuada devido a Fatores Climáticos e Econômicos
A produção de milho, considerando as duas safras, caiu 0,3% em comparação com o mês anterior, totalizando 115,8 milhões de toneladas em 2024. Essa queda de 11,7% em relação a 2023 é atribuída principalmente à queda nos preços e a problemas climáticos que afetaram o plantio.
Arroz: Crescimento Impulsionado pelos Preços Elevados
A safra do arroz, impulsionada pelo aumento dos preços nos últimos meses, deve crescer 2,0% em comparação com o ano passado. O aumento na área plantada contribuiu significativamente para esse crescimento.
Outras Culturas: Sorgo e Feijão
A produção de sorgo aumentou 6,6% em relação à estimativa de março, enquanto a produção de feijão cresceu apenas 0,1%. Ambas as culturas enfrentaram desafios específicos, como perda da janela de plantio e problemas climáticos.
Liderança de Produção por Estado e Região
Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, seguido pelo Paraná e Rio Grande do Sul. Regionalmente, o Centro-Oeste lidera a produção, enquanto as outras regiões têm participações menores.
Variações Regionais: Destaques Positivos e Negativos
Goiás e Pará apresentaram as principais variações positivas na produção, enquanto Paraná, São Paulo e Minas Gerais registraram quedas significativas. Essas variações refletem as diferentes condições climáticas e econômicas em todo o país.
Fonte: IBGE