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3 de julho de 2024

Produção industrial recua 0,9% em maio, segundo mês seguido de queda

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Em maio, a produção industrial do Brasil recuou 0,9%, marcando o segundo mês consecutivo de declínio e acumulando uma perda de 1,7% em dois meses. Este recuo eliminou o ganho de 1,1% registrado entre fevereiro e março deste ano. Atualmente, a indústria opera 1,4% abaixo do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 17,8% abaixo do pico alcançado em maio de 2011. Esses dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada pelo IBGE.

Principais Setores Afetados

Entre as 25 atividades pesquisadas, 16 registraram queda em maio. Os setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%) tiveram as maiores influências negativas, em grande parte devido às enchentes no Rio Grande do Sul. As paralisações nas plantas industriais e o impacto na produção de peças prejudicaram a cadeia produtiva, afetando até fábricas em São Paulo.

Impacto das Condições Climáticas

A retração no setor de produtos alimentícios foi o segundo mês consecutivo de queda, acumulando uma perda de 4,7%. As condições climáticas desfavoráveis, como as chuvas no Rio Grande do Sul, afetaram significativamente a produção de carnes e derivados da soja, que são cruciais para o setor.

Setores com Crescimento

Apesar do cenário negativo, alguns setores apresentaram crescimento. Indústrias extrativas (2,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%) contribuíram positivamente, evitando uma queda maior no resultado geral da indústria. A recuperação nesses setores deve-se, em parte, à base de comparação mais baixa do mês anterior.

Comparação Interanual

Em comparação com maio do ano passado, a produção industrial caiu 1,0%, com 14 dos 25 ramos pesquisados registrando queda. Setores como coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, veículos automotores e máquinas e equipamentos foram os mais afetados. Contudo, produtos alimentícios, materiais elétricos e celulose, papel e produtos de papel mostraram crescimento.

Perspectivas Futuras

A indústria acumula alta de 2,5% nos primeiros cinco meses do ano e 1,3% no acumulado dos últimos 12 meses, indicando uma redução na intensidade do ritmo de crescimento. Com a contínua influência das condições climáticas e outros fatores externos, a indústria brasileira enfrenta desafios significativos para manter um crescimento sustentável.

Fonte: IBGE

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