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9 de setembro de 2022

Produção industrial cresce em quatro dos 15 locais pesquisados em julho

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A produção industrial aumentou em quatro dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional na passagem de junho para julho, quando o índice nacional avançou 0,6%. A pesquisa, divulgada hoje (9) pelo IBGE, mostra altas no Pará (4,7%), Mato Grosso (3,7%), Santa Catarina (1,9%) e Rio de Janeiro (0,7%), todas com resultados superiores à média nacional.

O crescimento nessas localidades pode ser explicado por medidas que impactam diretamente a cadeia produtiva e o consumo das famílias. “A redução do ICMS sobre os combustíveis e o aumento de benefícios sociais modificam as tomadas de decisões por parte da produção, com tendência de antecipação, devido a essas medidas”, explica o analista da PIM Regional, Bernardo Almeida.

Dentre as altas para o mês de julho, Bernardo explica quais foram as principais indústrias responsáveis pelo crescimento em cada local. “O crescimento no Pará se deu principalmente pela indústria extrativista de minério de ferro. No Rio de Janeiro, o setor extrativo também é o grande responsável pela alta, mas destacamos o petróleo e gás natural. Em Santa Catarina temos os setores de máquinas e equipamentos e produtos de borracha e material plástico. Já em Mato Grosso, o principal setor que influenciou de forma positiva foi o setor de alimentos”, completa Almeida.

Os principais resultados negativos se deram no Espírito Santo (-7,8%), intensificando a queda de 1,3% em junho; Bahia (-7,3%), eliminando o ganho acumulado de 7,6% observado no período entre fevereiro e junho; e região Nordeste (-6,0%), que teve queda na produção de 6,8% em três meses consecutivos. Já Minas Gerais ficou estável (0,0%).

“Ainda permanecem efeitos negativos que observamos em divulgações anteriores. Por parte da oferta, o abastecimento de insumos e o encarecimento das matérias-primas, e pelo lado da demanda, inflação alta e juros elevados, causando o encarecimento do crédito. Tudo isso impacta diretamente no consumo das famílias e na cadeia produtiva”, pondera Bernardo.

O estado de São Paulo, maior parque industrial do país, apresentou queda de 0,6% na comparação com junho. Esse resultado representou a segunda maior influência no resultado industrial nacional, atrás apenas da Bahia no mês de julho. “Os setores que mais impactaram negativamente o resultado da indústria paulista foram os veículos automotores e o setor de máquinas e equipamentos. Mesmo com os fatores positivos, com as medidas governamentais, ainda permanecem efeitos negativos, como inflação elevada, encarecimento do crédito e das matérias primas e desabastecimento de insumos. Assim como na indústria nacional, esses fatores também podem ser observados na indústria de São Paulo. Com esse resultado, a indústria paulista está 1,5% abaixo de seu patamar pré-pandemia”, informa o analista.

Na comparação com julho de 2021, o setor industrial recuou 0,5%, com quatro dos quinze locais pesquisados apresentando taxa negativa. Nesse mês, Espírito Santo (-10,6%) assinalou redução de dois dígitos e a mais acentuada enquanto Mato Grosso (25,6%) se destacou positivamente. Vale citar que julho de 2022 (21 dias) teve um dia útil a menos que o mesmo mês em 2021.

Mais sobre a pesquisa

A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.

Fonte: IBGE

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