Por que muitas empresas ainda não priorizam a cibersegurança?
Dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revelam que três em cada dez indústrias brasileiras já enfrentaram ataques cibernéticos. Apesar desse cenário alarmante, o investimento em cibersegurança ainda não é uma prática consolidada em muitas organizações. Com o avanço constante da tecnologia, os riscos aumentam, mas o entendimento sobre a real importância da segurança digital permanece limitado.
De acordo com a pesquisa da Fiesp, 52,4% das empresas de manufatura no Brasil não consideram a cibersegurança uma prioridade. Além disso, menos da metade das companhias (44,2%) possui uma estrutura específica voltada à segurança digital, e 64% destinam apenas 1% do faturamento à área. Esses números refletem uma clara subvalorização do tema, mesmo em meio ao crescimento da transformação digital.
Mitos e falta de conhecimento como barreiras
Entre os principais motivos dessa negligência está a falta de conhecimento. Muitas empresas ainda acreditam em mitos como:
- “Minha empresa é pequena demais para ser alvo de ataques”;
- “O antivírus já garante proteção suficiente”;
- “Os riscos vêm apenas de fontes externas”.
No Brasil, há também uma tendência cultural de agir apenas após a ocorrência de problemas, o que dificulta a adoção de medidas preventivas. A cibersegurança é frequentemente vista como algo caro e complexo, o que também afasta pequenos e médios negócios desse investimento.
O papel do fator humano na cibersegurança
Diferente do que muitos imaginam, o fator humano é a principal vulnerabilidade nas empresas. A falta de capacitação dos colaboradores amplia os riscos, tornando essencial que, além de adquirir ferramentas de proteção, as organizações invistam em treinamento e conscientização das equipes.
Ainda segundo a pesquisa, 33% das empresas não realizam nenhuma atividade voltada para capacitação em cibersegurança, deixando lacunas críticas na proteção de seus sistemas. Para garantir uma abordagem eficaz, é necessário alinhar condutas, estabelecer políticas internas e mapear vulnerabilidades com o apoio de especialistas.
Cibersegurança como uma estratégia contínua
A implementação de um plano de cibersegurança não se resume à compra de softwares ou ferramentas. Trata-se de um processo contínuo, que exige:
- Mapeamento de riscos;
- Definição de políticas claras de segurança;
- Monitoramento constante das atividades;
- Apoio de consultorias especializadas.
Ter especialistas ao lado é crucial para identificar pontos de atenção, direcionar estratégias e garantir que as ações estejam alinhadas às necessidades específicas de cada negócio.
Cibersegurança: uma prioridade indispensável
Independentemente do porte ou setor, todas as empresas estão suscetíveis a ataques cibernéticos. Portanto, estruturar pilares sólidos de proteção é indispensável para garantir operações seguras e eficientes. Mais do que uma medida de defesa, a cibersegurança deve ser encarada como uma estratégia fundamental para o sucesso e a longevidade do negócio.
Fonte: SEGS
Publicado em: cibersegurança, empresas, seguro cyber