PIB fecha 2024 em 3,4% e registra maior taxa desde 2021

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,4% em 2024, totalizando R$ 11,7 trilhões, segundo dados do IBGE. No quarto trimestre, a economia apresentou uma variação positiva de 0,2% em relação ao trimestre anterior, consolidando a maior taxa anual desde 2021.
Setores em Destaque
Os principais responsáveis pelo crescimento foram os setores de Serviços e Indústria, que avançaram 3,7% e 3,3%, respectivamente. No entanto, a Agropecuária registrou queda de 3,2%, impactada por fatores climáticos adversos que afetaram culturas como soja (-4,6%) e milho (-12,5%). O PIB per capita cresceu 3,0%, atingindo R$ 55.247,45.
A Indústria foi impulsionada pela Construção Civil, que cresceu 4,3% devido ao aumento do crédito e da produção de insumos. Outras contribuições relevantes vieram da Indústria de Transformação (3,8%) e do setor de Eletricidade e Gás (3,6%). Já o setor de Serviços teve destaque em Comércio (3,8%) e Outras Atividades de Serviços (5,3%).
Consumo das Famílias Impulsiona a Demanda
Pela ótica da demanda, o maior impacto veio da Despesa de Consumo das Famílias, que avançou 4,8% em relação a 2023, impulsionada por programas sociais, melhora no mercado de trabalho e juros mais baixos ao longo do ano. Os investimentos (FBCF) cresceram 7,3%, enquanto a Despesa do Governo aumentou 1,9%. No comércio exterior, as Importações subiram 14,7%, superando o crescimento das Exportações (2,9%).
A taxa de investimento do país em 2024 foi de 17,0% do PIB, superando os 16,4% do ano anterior. A taxa de poupança, por outro lado, caiu para 14,5%, ante 15,0% em 2023.
Desempenho no Quarto Trimestre
No quarto trimestre de 2024, o PIB registrou alta de 0,2%, refletindo crescimento moderado na Indústria (0,3%) e nos Serviços (0,1%), enquanto a Agropecuária recuou 2,3%. O setor de Construção manteve o ritmo de crescimento (2,5%), seguido pela Indústria de Transformação (0,8%) e Indústrias Extrativas (0,7%).
No setor de Serviços, houve crescimento em Transporte (0,4%) e Comércio (0,3%), enquanto os segmentos de Atividades Financeiras (-0,3%) e Informação e Comunicação (-0,4%) registraram retração.
No lado da demanda, a Despesa de Consumo das Famílias caiu 1,0%, influenciada pela alta da inflação no fim do ano, enquanto a Despesa do Governo subiu 0,6% e a Formação Bruta de Capital Fixo aumentou 0,4%. No setor externo, as Exportações caíram 1,3% e as Importações ficaram praticamente estáveis (-0,1%).
Perspectivas para 2025
Para 2025, a economia brasileira seguirá dependente da recuperação da Agropecuária e da estabilidade do consumo interno. O mercado de trabalho e as políticas econômicas serão determinantes para o crescimento sustentável. O cenário global também impactará o desempenho das exportações, exigindo atenção ao comércio internacional e às oscilações do mercado financeiro.
Fonte: IBGE