Milho bate limite de alta em Chicago após ataque russo nesta quinta-feira
A quinta-feira (24) começa com os preços futuros do milho operando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As cotações mais próximas recuavam e as do segundo semestre subiam por volta das 09h12 (horário de Brasília).
O vencimento março/22 era cotado à R$ 98,03 com queda de 0,10%, o maio/22 valia R$ 96,38 com perda de 0,16%, o julho/22 era negociado por R$ 91,22 com alta de 0,20% e o setembro/22 tinha valor de R$ 91,00 com elevação de 0,30%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 refletiu a queda do dólar que tirou força do milho do porto, sem conseguir pagar além dos R$ 82,00 ou R$ 85,00.
“O porto é vinculado ao dólar e o dólar em queda acaba pressionando e a B3 se acomodou. Como estamos na colheita da safra de verão e está andando bem o plantio da safrinha, o mercado já se acomodou”, aponta Brandalizze.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) atingiu seu limite de alta nesta manhã de quinta-feira para os preços internacionais do milho futuro, que subiam até 35 pontos por volta das 09h05 (horário de Brasília).
O vencimento março/22 era cotado à US$ 7,18 com valorização de 35,00 pontos, o maio/22 valia US$ 7,16 com alta de 35,00 pontos, o julho/22 era negociado por US$ 7,09 com elevação de 35,00 pontos e o setembro/22 tinha valor de US$ 6,60 com ganho de 31,50 pontos.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho dos Estados Unidos subiram seus limites diários de negociação nesta quinta-feira, depois que forças russas atacaram a Ucrânia, exacerbando as preocupações com a oferta global.
“O aumento das tensões em torno da Rússia-Ucrânia e uma boa quantidade de incerteza sobre os suprimentos russos nos próximos meses levaram os comerciantes a manter seus grãos em casa, em vez de enviá-los para o exterior”, disseram os estrategistas de commodities do ING em nota.
A Agência destaca que, com a Rússia e a Ucrânia respondendo por cerca de 29% das exportações globais de trigo, 19% dos suprimentos mundiais de milho e 80% das exportações mundiais de óleo de girassol, os comerciantes estavam preocupados que qualquer envolvimento militar pudesse dificultar o movimento das colheitas e desencadear uma corrida em massa dos importadores para substituir os suprimentos da região do Mar Negro.
“As tensões Rússia-Ucrânia exacerbaram os riscos de oferta para o mercado global”, disseram os estrategistas do ING, citando as exportações de trigo ainda fracas da União Europeia.
Fonte: Notícias Agrícolas
Publicado em: Agro&Negócios, Internacional