Mercado livre de energia pode reduzir até 30% de R$ 40 mi gastos por ano pelo DAE
O Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru deixará, a partir de julho deste ano, de ter a sua concessão de energia elétrica feita exclusivamente pela CPFL Paulista. Isso porque a autarquia decidiu ingressar no leilão do mercado livre de energia. Atualmente o DAE gasta em média R$ 40 milhões por ano. A previsão, depois de o procedimento ser totalmente concluído, segundo o presidente Leandro Joaquim, é de a autarquia economizar até 30%. Isso seria o equivalente a cerca de R$ 12 milhões anuais, aproximadamente, que serão utilizados no funcionamento e novos investimentos do departamento.
Diversos órgãos privados e públicos estão adotando o ingresso ao leilão por menores preços de energia.
Este mercado é um ambiente que permite a compra e venda de energia elétrica de uma forma livre, podendo negociar preços, prazos e formas de pagamento diretamente com as usinas geradoras ou comercializadoras de energia.
TERMO DE REFERÊNCIA
Segundo Leandro Joaquim, o DAE está na fase de definição do termo de referência de preços para abrir chamamento público. Ele deseja que a mudança aconteça já a partir de julho deste ano e cita que o departamento de água e esgoto de Barretos (250 quilômetros de Bauru) obteve um sucesso por lá de 30% de economia.
“Hoje, o DAE tem cerca de 900 colaboradores e um orçamento anual de R$ 220 milhões. Deste valor, R$ 40 milhões estão comprometidos com a energia elétrica, o que torna a autarquia a maior consumidora de energia de Bauru. Para comparação, a prefeitura (prédios e instalações públicas municipais) gasta cerca de R$ 25 milhões com energia elétrica por ano”, disse Leandro Joaquim. O atual presidente, que assumiu o cargo em 25 de fevereiro, frisa que essa medida já era para ter sido adotada pela autarquia no passado. “Não foi feito antes, mas vamos fazer agora”, reitera.
CONSUMO ALTO
O presidente do DAE explica também que o grande consumo do departamento é muito influenciado pelas máquinas de bombeamento de água. “Nós temos na lagoa do Batalha duas bombas com 800 cavalos de potência. E isso gera um gasto de energia muito alto. Quando a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) ficar pronta, e cerca de 60% dela está concluída, teremos duas bombas hidráulicas de 2 mil cavalos cada. E vai gerar ainda mais consumo elétrico”, exemplificou Leandro Joaquim.
Ainda sobre a ETE, ele adiantou que será avaliada por lá a possível inserção de energia fotovoltaica (solar) ou a gás. A segunda opção pode ser a mais viável, futuramente, porque o DAE poderá negociar o gás metano gerado pela própria estação para obter um preço menor com uma fornecedora de energia.
Fonte: Sampi
Publicado em: Energia