Maps, YouTube e filantropia: Google lança ferramentas para proteção da biodiversidade na Amazônia
O Google anunciou, nesta terça-feira, 4, uma série de iniciativas com foco na preservação da biodiversidade da Amazônia. O lançamento foi realizado em um evento com executivos e parceiros em Belém. “Cada vez mais nós que vivemos aqui queremos ações de compatibilização para termos soluções ambientais e o Google pode ter um papel de grande relevância”, disse Helder Barbalho, governador do estado do Pará durante a abertura do evento.
As iniciativas envolvem desde o uso do Maps, aplicativo de mapas da empresa de internet, para o rastreamento de madeira, até o apoio a mulheres indígenas por meio da Google.org, braço de filantropia da empresa.
Confira, a seguir, as principais iniciativas:
Educação ambiental no YouTube
O Pacto Global da ONU no Brasil juntamente com o YouTube, do ecossistema Google, selecionou ONGs como a The Nature Conservancy Brazil (TNC) e o Idesam com o objetivo de produzir conteúdos informativos, educacionais e científicos sobre questões socioambientais e as consequências das mudanças climáticas no planeta. Os vídeios serão publicados nos canais de Youtube das instituições.
“O YouTube apoia a produção de conteúdo de qualidade de diversas formas e estamos felizes em termos encontrado no Pacto um parceiro para seguirmos nessa missão. A parceria vai resultar na criação de mais de 50 vídeos diversos e relevantes sobre a questão do clima e sustentabilidade, ajudando as pessoas a ficarem bem informadas sobre esses temas”, afirmou Indiana Torretta, gerente de parcerias estratégicas do YouTube Brasil.
Apoio para mulheres indígenas
A frente filantrópica do Google, o Google.org, anunciou que doará mais de R$ 2 milhões para auxiliar o programa Fortalecimento e Protagonismo Empreendedor das Mulheres Indígenas do Amazonas, da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). O objetivo da iniciativa é promoveir a qualificação digital e apoio financeiro de empreendimentos chefiados por mulheres indígenas.
“É uma iniciativa importante para nós, mulheres indígenas, principalmente nesse momento de retomada pós-pandemia. É isso que queremos: construir juntas. Somos mulheres, geradoras de vida e guardiãs de sabedoria. Essa valorização das mulheres indígenas está ligada ao nosso território e à nossa luta. Nunca mais um Brasil sem nós”, disse Rosa dos Anjos, supervisora do Programa Indígena da FAS.
Rastreamento de maneira na Amazônia
Durante o evento, também foi anunciado uma parceria entre o Google e a The Nature Conservancy (TNC) no Brasil, com o projeto Digitais da Floresta. A ação usa Inteligência Artificial (IA) para desenvolver tecnologias que unem conhecimentos em bioquímica para identificar e rastrear a origem da madeira comercializada a partir da Amazônia, se são de cultivos autorizados ou ilegais, por exemplo. O programa conta com apoio da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e da Trase.
“A construção de um modelo de IA que seja capaz de estimar onde estava a árvore que deu origem a uma amostra de madeira exige a manipulação e a interpretação de extensas bases de dados. Por isso, queremos ajudar também doando nosso talento e DNA para dar escala ao projeto”, concluiu Alessandro Germano, diretor de parcerias globais do Google Brasil.
Fonte: Exame
Publicado em: esg, Variedades