Mapa registra recorde de 95 defensivos de controle biológico em 2020
Desse total, quatro são ingredientes ativos novos, sendo três de baixo impacto: dois ingredientes ativos à base dos organismos Habrobracon hebetor e Clonostachys rosea que serão utilizados, respectivamente, para o controle de diversas traças de armazenamento e no controle de Botrytis cinerea, que é um mofo que afeta diversos frutos, além de qualquer outra cultura em que essas pragas forem encontradas; e um produto que utiliza Peptídeo Derivado de Proteína Harpin (PDPH) para atuar de forma indireta no controle de fungos.
Todos os demais produtos registrados utilizam ingredientes ativos cadastrados anteriormente no país.
Recorde de registros de produtos de controle biológico
Entre os produtos registrados, 19 são produtos de baixo impacto. Desses, 15 são compostos por microrganismos como a Beauveria bassiana, o Trichoderma asperellum, o Clonostachys rósea e o Metarhizium anisopliae, que são agentes microbiológicos de controle de pragas que atacam os cultivos brasileiros. Os outros quatro são produtos contendo pequenas vespas predadoras de pragas (Habrobracon hebetor, Telenomus podisi, Trichogramma galloi) e um que utiliza o PDPH.
Com a publicação desta segunda-feira, o total de 95 produtos de baixo impacto foram registrados em 2020. Esse é o maior número de registros de produtos desse perfil em um mesmo ano.
O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Bruno Breitenbach, ressalta que os novos registros confirmam 2020 como o ano mais importante para o registro de biopesticidas, importantes ferramentas para tornar a agricultura brasileira ainda mais sustentável.
“Nunca se registrou tantos produtos fitossanitários sustentáveis como nesse ano. Anteriormente, o ano de 2018, com 52 produtos registrados, era o maior já alcançado com esse perfil”, destaca o coordenador.
Atualmente, soma-se um total de 411 produtos de baixo impacto disponíveis para os produtores.
Os produtos considerados de baixo impacto possuem ingredientes ativos biológicos, microbiológicos, semioquímios, bioquímicos, extratos vegetais e reguladores de crescimento, podendo ser autorizados em vários casos na agricultura orgânica.
Esses produtos são importantes para agricultura não apenas pelo impacto toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente (minor crops), pois esses produtos são registrados por pragas e não por cultura. como ocorre com os químicos.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.