Copom eleva juros básicos da economia para 14,75% ao ano
O Banco Central elevou, mais uma vez, a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, alcançando 14,75% ao ano — o maior nível desde agosto de 2006. A decisão, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), reflete as pressões inflacionárias e as incertezas da economia global, especialmente nos preços dos alimentos e da energia.
Esta foi a sexta alta consecutiva da Selic, consolidando um ciclo de aperto monetário. O objetivo principal é conter a inflação, que segue acima da meta. O IPCA-15 de abril, por exemplo, registrou alta de 0,43%, acumulando 5,49% em 12 meses, acima do teto de 4,5% estabelecido pelo novo regime de metas contínuas.
Inflação preocupa e mercado reduz projeção do PIB
O Copom justificou a decisão com base na incerteza persistente e no impacto acumulado das altas anteriores. O comunicado ressalta que o Banco Central seguirá cauteloso, analisando novos dados antes de definir os próximos passos.
As projeções de inflação também foram revistas. A expectativa oficial para o IPCA em 2025 é de 4,8%, ainda acima do teto da meta. Para 2026, a estimativa é de 3,6%. Já o crescimento do PIB foi revisado para 1,9%, com o mercado prevendo expansão de 2% no ano que vem.
Selic alta encarece o crédito e impacta o consumo
Com a Selic mais elevada, o crédito fica mais caro, reduzindo o consumo e segurando a inflação. Por outro lado, essa política limita o crescimento da economia no curto prazo.
A taxa Selic segue como o principal instrumento do Banco Central para o controle da inflação, influenciando todas as demais taxas de juros do mercado.
Fonte: Agência Brasil