Brasil lança roteiro para impulsionar investimentos em energia limpa nas economias em desenvolvimento
Durante a COP29 em Baku, nesta quarta-feira (13), o Brasil, como presidente do G20 e no âmbito do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas, lançou o “Roteiro para Aumentar o Investimento em Energia Limpa em Países em Desenvolvimento”. Criado com a Agência Internacional de Energia (IEA) e com contribuições de diversos países e organizações, o plano traça estratégias para impulsionar investimentos em energias renováveis.
Compromisso com a Transição Energética Global
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a liderança do Brasil, sob a presidência de Lula, na defesa do financiamento para a transição energética global. Ele enfatizou que a falta de recursos pode comprometer os planos de sustentabilidade dos países e que o roteiro busca justamente solucionar esses gargalos financeiros. “Esse estudo é a contribuição da presidência brasileira para apoiar governos e investidores em um momento crucial para as negociações da COP29”, afirmou Silveira.
Apoio Internacional e Ação Conjunta
O evento reuniu grandes nomes dos setores financeiro e energético, como Dan Dorner da IEA e Makhtar Diop da IFC. A participação dessas lideranças reforça a necessidade de uma ação global e coordenada para atender à crescente demanda por energia limpa nos países em desenvolvimento.
Estratégias para Mobilizar Capital Privado
Com a previsão de que os investimentos em energia limpa precisam ser multiplicados seis vezes até 2035, o roteiro reconhece que o financiamento público é insuficiente. Assim, propõe uma estrutura para atrair capital privado e mobilizar recursos internacionais, incentivando mecanismos de compartilhamento de riscos e reduzindo custos de financiamento.
Exemplo Brasileiro em Energias Renováveis
O Brasil, com 90% de sua eletricidade proveniente de fontes renováveis, é um modelo prático para o roteiro, que prioriza parcerias público-privadas e políticas de apoio à energia limpa. “Estamos comprometidos em desbloquear os investimentos necessários para o crescimento da energia limpa nas economias em desenvolvimento,” afirmou Mariana Espécie, assessora especial e co-presidente do Grupo de Transições Energéticas do G20.
Fonte: MME