Inflação fica em 0,43% em abril, pressionada por alimentação e saúde
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,43% em abril, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (9). O índice desacelerou em relação a março (0,56%), mas segue pressionado pelos aumentos nos grupos de Alimentação e bebidas (0,82%) e Saúde e cuidados pessoais (1,18%).
Alimentação segue como principal pressão
O grupo Alimentação e bebidas foi o que mais influenciou o IPCA de abril, com impacto de 0,18 ponto percentual. Apesar da desaceleração em relação a março (1,17%), a alimentação no domicílio subiu 0,83%, com destaque para a batata-inglesa (18,29%), tomate (14,32%) e café moído (4,48%). A alimentação fora do lar teve alta de 0,80%.
Saúde e remédios também impactam
O grupo Saúde e cuidados pessoais teve variação de 1,18%, puxado pelos medicamentos (2,32%), após autorização de reajuste de até 5,09% no final de março. Esse grupo foi responsável por 0,16 ponto percentual do IPCA do mês. Produtos de higiene pessoal também subiram (1,09%).
Transportes tem queda puxada por passagens aéreas
Único grupo com variação negativa, Transportes recuou 0,38%, graças à forte queda nas passagens aéreas (-14,15%), que contribuíram com -0,09 p.p. no índice geral. Todos os combustíveis apresentaram queda: diesel (-1,27%), etanol (-0,82%), gasolina (-0,35%) e gás veicular (-0,91%).
Outros grupos e variação regional
O grupo Vestuário subiu 1,02%, com destaque para roupas femininas (1,45%) e masculinas (1,21%). Já o grupo Habitação desacelerou para 0,14%, com a energia elétrica registrando queda de 0,08%. Porto Alegre teve a maior inflação regional (0,95%), influenciada pelo tomate e pela energia elétrica. A menor variação foi registrada em Brasília (0,04%).
INPC sobe 0,48% no mês
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda mais baixa, subiu 0,48% em abril. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,32%. Os alimentos também desaceleraram para esse público, passando de 1,08% em março para 0,76% em abril.
Fonte: IBGE