Indústria varia 0,1% em abril e acumula alta de 1,4% em 2025
A produção industrial brasileira variou positivamente em 0,1% na passagem de março para abril de 2025, marcando o quarto mês seguido de avanço. No acumulado de janeiro a abril, o crescimento foi de 1,4%, enquanto o índice em 12 meses atingiu 2,4%, abaixo dos 3,1% registrados em março. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.
Apesar da estabilidade relativa em abril, a indústria acumula alta de 1,5% desde dezembro de 2024 e se mantém 3,0% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). No entanto, ainda está 14,3% abaixo do pico histórico de maio de 2011.
Avanço em três das quatro grandes categorias
Entre as categorias econômicas, houve crescimento em bens de capital (1,4%), bens intermediários (0,7%) e bens de consumo duráveis (0,4%). A única queda veio dos bens de consumo semi e não duráveis (-1,9%).
Entre os segmentos industriais, os destaques positivos foram:
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Indústrias extrativas (+1,0%), com forte extração de petróleo e minério de ferro.
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Bebidas (+3,6%), puxadas por maior produção de cervejas e refrigerantes.
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Veículos automotores (+1,0%) e impressão e gravações (+11,0%) também contribuíram.
Por outro lado, setores como derivados do petróleo (-2,5%) e produtos farmacêuticos (-8,5%) puxaram o desempenho para baixo, revertendo parte dos ganhos anteriores.
Produção industrial recua 0,3% na comparação anual
Em relação a abril de 2024, a produção industrial caiu 0,3%, interrompendo uma sequência de dez meses de crescimento. O recuo se deve, em parte, ao efeito-calendário — abril de 2025 teve dois dias úteis a menos — e à base de comparação elevada, já que abril de 2024 teve crescimento de 8,4%.
Os principais recuos foram observados em:
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Produtos alimentícios (-4,9%)
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Derivados do petróleo (-2,9%)
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Veículos automotores (-3,7%)
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Farmacêuticos (-9,0%)
Já entre os setores com alta, destacam-se:
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Indústrias extrativas (+10,2%)
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Metalurgia (+4,4%)
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Manutenção e instalação de máquinas (+10,4%)
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Produtos têxteis (+6,6%)
Perspectiva
O setor industrial segue com trajetória de recuperação moderada, embora o ritmo esteja menos acelerado. A diversificação no desempenho por setores e o impacto de fatores sazonais reforçam a necessidade de acompanhamento contínuo para entender a sustentabilidade desse crescimento.
Fonte: IBGE
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