Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) sobe 0,81% em junho
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma variação de 0,81% em junho, evidenciando uma desaceleração em relação à taxa de 0,89% observada no mês anterior. Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,10% no ano e de 2,45% nos últimos 12 meses. Em junho de 2023, o índice tinha registrado uma taxa de -1,93% no mês e acumulava uma queda de 6,86% nos 12 meses anteriores.
“Os desafios climáticos e a sazonalidade foram determinantes nos destaques do índice ao produtor e do índice ao consumidor. No IPA, as maiores contribuições vieram da soja, do café, da batata e do leite; itens que também tiveram impacto no IPC. Não por coincidência, a batata e o leite também foram destaques significativos no varejo. Além disso, o INCC apresentou avanço influenciado pela mão de obra”, comentou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
Em junho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,89%, uma desaceleração em relação à alta de 1,06% registrada em maio. Nos diferentes estágios de processamento, o grupo de Bens Finais subiu 1,08%, comparado a 0,06% no mês anterior. Esse aumento foi impulsionado pelo subgrupo de alimentos in natura, que variou de -3,67% para 3,00%. O índice de Bens Finais (ex), excluindo alimentos in natura e combustíveis, subiu de 0,50% para 0,94%.
O grupo Bens Intermediários variou 0,42%, desacelerando em relação à alta de 1,03% em maio. Esse movimento foi influenciado pelo subgrupo de materiais e componentes para manufatura, cuja taxa passou de 1,44% para 0,69%. O índice de Bens Intermediários (ex), excluindo combustíveis e lubrificantes, variou 0,74%, após registrar 1,01% em maio.
As Matérias-Primas Brutas apresentaram alta de 1,25%, uma desaceleração em relação aos 2,15% de maio. Essa desaceleração foi influenciada por itens como minério de ferro, que passou de uma alta de 8,18% para uma queda de 0,84%, bovinos, que variaram de 0,43% para -2,60%, e mandioca/aipim, que passou de 1,37% para -5,19%. Em contraste, a laranja passou de uma queda de -12,20% para -2,47%, a cana-de-açúcar de -2,33% para -0,35%, e o cacau de -11,60% para 14,09%.
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
Em junho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma variação de 0,46%, ligeiramente superior aos 0,44% de maio. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, quatro apresentaram aceleração. O maior impacto veio da Alimentação, cuja taxa variou de 0,51% para 0,96%, destacando o leite tipo longa vida, que passou de 1,60% para 8,86%.
Os grupos Vestuário, Habitação e Despesas Diversas também aceleraram, com taxas variando de -0,58% para 0,42%, 0,29% para 0,38% e 0,20% para 0,45%, respectivamente. Influências notáveis vieram de roupas, equipamentos eletrônicos e serviços bancários.
Em contrapartida, os grupos Transportes, Educação, Leitura e Recreação, Comunicação e Saúde e Cuidados Pessoais apresentaram recuo. Destaques incluem gasolina, que variou de 1,70% para 0,54%, passagem aérea de 0,47% para -1,44%, tarifa de telefone móvel de 1,26% para 0,16% e medicamentos em geral de 1,44% para -0,07%.
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
Em junho, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma alta de 0,93%, superior aos 0,59% de maio. Entre os três grupos do INCC, Materiais e Equipamentos variou de 0,25% para 0,48%, Serviços recuou de 0,50% para 0,29%, e Mão de Obra aumentou de 1,05% para 1,61%.
Para mais detalhes, acesse o estudo completo no site.
Fonte: FGV