Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) cai 0,97% em junho
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou recuo de 0,97% em junho, aprofundando a queda de 0,01% observada em maio. Apesar da deflação mensal, o índice acumula alta de 0,23% no ano e expressivos 5,62% nos últimos 12 meses. Para efeito de comparação, em junho de 2024, o indicador havia subido 0,83% no mês, com alta acumulada de 1,79% em 12 meses.
De acordo com Matheus Dias, economista do FGV IBRE, a queda nos preços do milho em grão, impulsionada pelo avanço das colheitas, teve impacto direto no resultado do IGP-10, por meio do IPA. No varejo, alimentos como ovos, tomate e arroz também apresentaram redução de preços. Por outro lado, os custos da construção civil seguem pressionados, principalmente por salários e energia elétrica.IPA tem retração significativa de 1,54%
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,54% em junho, intensificando o recuo de 0,17% observado em maio. O destaque foi a desaceleração do grupo Bens Finais, que passou de 0,99% para -0,01%. Quando excluídos os alimentos in natura e combustíveis para consumo, o índice (Bens Finais ex) também recuou, de 1,18% para 0,42%.
Os Bens Intermediários também seguiram essa tendência, com queda de 0,87%, revertendo a alta de 0,10% registrada no mês anterior. Já as Matérias-Primas Brutas apresentaram o maior recuo, com variação de -2,98%, frente à queda de -1,09% em maio.
IPC desacelera para 0,28% em junho
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também registrou desaceleração, passando de 0,42% em maio para 0,28% em junho. Entre os grupos com recuo nas taxas de variação estão Alimentação, Saúde e Cuidados Pessoais, Vestuário, Transportes e Despesas Diversas.
Apesar disso, grupos como Habitação, Educação, Leitura e Recreação, e Comunicação apresentaram avanço em suas taxas, indicando uma dinâmica mista no comportamento de preços ao consumidor.
INCC avança 0,87%, com forte impacto da mão de obra
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,87% em junho, acelerando em relação aos 0,43% de maio. O principal responsável pelo aumento foi o grupo Mão de Obra, que saltou de 0,51% para 2,38%.
Em contraste, Materiais e Equipamentos apresentaram deflação de -0,28%, revertendo a alta de 0,35% no mês anterior. Já Serviços desaceleraram, mas ainda mostraram variação positiva, passando de 0,54% para 0,49%.
Fonte: FGV