IEA: SUPERÁVIT DA BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO PAULISTA É DE US$ 13,1 BI EM 2020 (+24% ANTE 2019)
Os principais grupos nas exportações foram: Complexo Sucroalcooleiro (US$ 6,40 bilhões, sendo que, desse total, o açúcar representou 84,4% e o álcool 15,6%), Carnes (US$ 2,30 bilhões, em que a carne bovina respondeu por 87,4%), Complexo Soja (US$ 1,91 bilhão), Produtos Florestais (US$ 1,54 bilhão, com participações de 49,9% de papel e 37,3% de celulose) e Sucos (US$ 1,40 bilhão, dos quais 96,7% referentes a sucos de laranja). Esses cinco agregados representaram 78,6% das vendas externas setoriais paulistas, informam José Alberto Angelo, Carlos Nabil Ghobril e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, pesquisadores do IEA.
Em relação aos destinos, a China se mantém na primeira posição, com US$ 4,11 bilhões, montante 38,9% maior que o obtido em 2019. Na sequência vem a União Europeia, com US$ 2,65 bilhões e os Estados Unidos, com US$ 1,66 bilhão. Completam os dez principais destinos em termos de participação: Bangladesh (2,8%), Coreia do Sul (2,7%), Índia (2,6%), Indonésia (2,4%), Arábia Saudita (2,2%), Nigéria (2,1%) e Marrocos (1,8%).
Os pesquisadores destacam as diferenças na composição das pautas dos principais parceiros comerciais do agronegócio paulista: a China importou principalmente produtos do Complexo Soja (32%), Carnes (27,8%), e Sucroalcooleiro (21,4%); enquanto a União Europeia deu preferência para os Sucos (34,3%, basicamente suco de laranja), Produtos Florestais (11,1%), Sucroalcooleiro (8,3%) e Café (10,1%). Já os Estados Unidos apresentam pauta bastante diversificada, composta principalmente pelos grupos do Complexo Sucroalcooleiro (25,2%), Carnes (17,1%), Sucos (15,3%) e Produtos Florestais (10,4%). Na sequência, de Bangladesh até Emirados Árabes, mais Egito e Malásia, concentraram suas importações no Complexo Sucroalcooleiro, muitos acima de 80% de representatividade.
No ano passado, as exportações totais do Estado de São Paulo somaram US$ 42,39 bilhões e as importações de US$ 51,42 bilhões, registrando um déficit comercial de US$ 9,03 bilhões.