Geração de energia solar cresce 32,9% no Brasil em janeiro
A geração de energia solar fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentou um expressivo crescimento de 32,9% em janeiro de 2025, alcançando 3.912 megawatts médios (MWmed), comparado aos 2.945 MWmed do mesmo período no ano anterior. Os dados são do boletim divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que também apontam avanços na geração de energia hidrelétrica e eólica, com crescimentos de 4,8% e 4,2%, respectivamente. Em contrapartida, as usinas termelétricas registraram queda de 13,5% na produção de eletricidade.
Panorama Geral da Geração de Energia no SIN
No cálculo total, a produção de energia no SIN atingiu 73.442 MWmédios, representando um crescimento de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento reflete a maior participação das fontes renováveis na matriz energética nacional, reforçando a tendência de transição para um sistema mais sustentável.
Consumo de Energia e Principais Tendências
O consumo de eletricidade no SIN também cresceu, registrando alta de 1,7% e totalizando 72.414 MW. No Ambiente de Contratação Livre (ACL), o crescimento foi de 2,9%, enquanto o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) apresentou leve retração de 0,9%. Além disso, o Brasil exportou 400 MWmédios, elevando o crescimento total do consumo para 2,2%.
Impacto Climático e Regionalização do Consumo
A influência do clima também se fez presente na variação do consumo. Com temperaturas mais altas e menor incidência de chuvas na segunda metade de janeiro, alguns estados registraram redução na demanda por eletricidade. As maiores quedas ocorreram em Rondônia (-7,6%), Piauí (-7,4%), Mato Grosso (-7,2%) e Amapá (-7,1%). Em contrapartida, estados como Acre (12,5%), Rio Grande do Sul (9,3%), Santa Catarina (7,1%) e Pará (5,2%) apresentaram crescimento significativo no consumo de energia.
Setores em Destaque
A análise por setor industrial revela que os segmentos com maior aumento no consumo foram:
- Veículos (+8,4%)
- Têxteis (+7,9%)
- Saneamento (+7,6%)
- Minerais não-metálicos (+6,7%)
Por outro lado, alguns setores registraram retração no consumo:
- Telecomunicações (-4,1%)
- Bebidas (-1,9%)
- Transportes (-1,3%)
- Químicos (-0,6%)
Considerações Finais
Os números de janeiro indicam um cenário positivo para a expansão da energia solar no Brasil, que se consolida como uma das principais fontes renováveis do país. A transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável continua a se fortalecer, impulsionada pela crescente adoção da energia solar e eólica, além do aumento do consumo nos setores produtivos estratégicos.
Fonte: Canal Solar
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