Geração de energia solar cresce 57% no Brasil em setembro
A geração de energia solar fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 57% em setembro, para 2.836 megawatts médios (MWmed), ante 1.807 MWmed no mesmo período de 2022, mostra o boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Conforme o boletim, as usinas hídricas apresentaram avanço de 5,2%, enquanto as eólicas tiveram estagnação, com crescimento de apenas 0,1%. Já as térmicas tiveram redução de 3,3%. No total, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou 70.935 MW médios, crescimento de 4,4% em relação ao igual período anterior.
Em relação ao consumo de energia elétrica no SIN, houve crescimento de 6,2% na comparação com agosto ano anterior. Conforme a CCEE, o resultado foi impulsionado tanto pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), que cresceu 3,0%, quanto pelo Ambiente de Contratação Regulada (ACR), que avançou 8,2%.
Assim como no mês anterior, este mês o volume exportado de energia elétrica para países vizinhos foi reduzido, com apenas 132,2 MW médios. Ao considerar este montante e o volume exportado no mesmo mês do ano passado (893,4 MW médios), o SIN registra alta de 4,9%.
Calor impulsiona o consumo de energia
O mês de setembro apresentou recorde de temperaturas em diversas cidades brasileiras. Esse cenário leva a um aumento da demanda por energia, em razão do maior uso de equipamentos de refrigeração, como ventiladores e ar-condicionado.
Em nível estadual, as ondas de calor registradas fizeram com que a as temperaturas máximas se mantivessem acima da média histórica praticamente o mês inteiro, com poucas exceções, como em partes das regiões nordeste e norte.
Apenas os estados do Rio Grande do Norte, afetado por um volume maior de chuvas, e Amapá, com dados incompletos de medição, registraram queda no consumo de energia elétrica. Na outra ponta, as maiores altas foram nos estados do Maranhão (21,8%), Rio de Janeiro (18,6%), Acre (18,3%), Mato Grosso do Sul (11,7%), Mato Grosso (9,7%) e Amazonas (9,3%).
No que se refere a ramos de atividades, as maiores altas foram registradas pelo Comércio (15,1%) e Serviços (11,6%), refletindo, tanto um ímpeto inflacionário menor e alta movimentação em prédios comerciais, quanto um reflexo da onda de calor, que exige maior consumo de eletricidade em supermercados e centros de comércios/serviços, que procuram manter o conforto térmico para os consumidores. O consumo de energia elétrica da subclasse dos supermercados avançou 16,1% e o dos centros comerciais 14,4%.
Migrações para o mercado livre
A CCEE ainda indicou que, seguindo tendência dos meses anteriores, houve alto volume de migrações de unidades consumidoras para o mercado livre, com 803 novas UCs, considerando consumidores livres, especiais e representados por varejistas.
No ano já são 5.627 novas UCs no ACL, um montante 68% superior ao mesmo período do ano passado, e 29% maior que 2021, recorde anterior. Entre os estados, em 2023 as maiores migrações foram em São Paulo (697), seguido por Rio Grande do Sul (262), Paraná (166), Goiás (129), Minas Gerais (117), Bahia (114) e Pernambuco (110).
Fonte: Portal Solar
Publicado em: Energia, Variedades