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4 de junho de 2024

Fretes rodoviários do agro caíram 12,6% no primeiro trimestre

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No primeiro trimestre de 2024, o volume de fretes rodoviários do agronegócio no Brasil registrou uma queda de 12,6% em comparação ao mesmo período de 2023, conforme dados coletados pela Frete.com, plataforma de transporte de cargas que opera na América do Sul.

Impacto da Menor Produção de Grãos

A redução na produção de grãos impactou diretamente o volume de fretes. O transporte de milho sofreu um recuo significativo de 41,4% na comparação anual, seguido pelo trigo com uma queda de 38,6% e fertilizantes com um decréscimo de 20,6%. Por outro lado, o transporte de soja, que é crucial no primeiro trimestre, apresentou um crescimento de 14,4% no volume de cargas movimentadas.

Federico Vega, CEO da Frete.com, explica: “A última safra de grãos [2022/23] trouxe diversos recordes para o Brasil, algo que não deve se repetir nesta safra [2023/24]. As chuvas torrenciais no Sul e Sudeste no início de 2024, juntamente com ondas de calor em várias regiões, resultaram em uma quebra na produção. Apesar disso, a soja ainda mostra sua força, justificada pelo aumento nas exportações que passaram de mais de 19 milhões de toneladas em 2023 para cerca de 22 milhões de toneladas em 2024.”

Produção de Grãos e Previsões

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos em 2023/24 deve atingir 295,6 milhões de toneladas, uma queda de 7,6% em relação ao período anterior. A colheita de soja é estimada em 146,9 milhões de toneladas, uma redução de 5%. Para o milho, a previsão é de 112,7 milhões de toneladas, uma queda de 14,5%, enquanto a produção de trigo deve ser de 9,6 milhões de toneladas.

Análise por Estado

A análise por estado revela que os fretes de soja tiveram o maior crescimento no Rio Grande do Sul, com um aumento de 42,6%, seguidos por Minas Gerais (32,5%) e Goiás (22,5%).

No caso do milho, Mato Grosso registrou um aumento de 8,3% no volume de fretes. No entanto, houve quedas significativas no Paraná (-66,6%) e Rio Grande do Sul (-60,5%).

Os fretes de trigo também diminuíram no Rio Grande do Sul, com uma redução de 46,3%, mas aumentaram no Paraná, com um crescimento de 84,7%.

Os fretes de fertilizantes contribuíram para a queda, especialmente em São Paulo (-31,2%) e Minas Gerais (-26,3%).

Panorama Geral

Embora o agronegócio tenha enfrentado uma queda nos fretes, o volume total de fretes no Brasil manteve-se estável, com um aumento de 0,5%. Esse crescimento foi impulsionado pela construção civil (+12,3%) e produtos industrializados (+4%).

Entre janeiro e março de 2024, foram publicados mais de 2,1 milhões de fretes na plataforma da Frete.com, volume similar ao registrado nos primeiros três meses de 2023.

Fonte: Globo Rural

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