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Manchetes do Mercado

11 de maio de 2023

Estimativa de abril prevê safra recorde de 302,1 milhões para 2023

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O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (11) pelo IBGE, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 302,1 milhões de toneladas. Trata-se de um valor 14,8% ou 39,0 milhões de toneladas maior do que a safra obtida em 2022. Na comparação com março, a estimativa assinalou alta de 0,8%, com acréscimo de 2,4 milhões de toneladas. A expectativa é de recorde na produção de soja e milho.

A área a ser colhida este ano deve ser de 76,4 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 4,3% (3,1 milhões de hectares a mais) em relação à área colhida em 2022. Frente ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou uma expansão de 266.536 hectares (0,4%).

Os principais destaques da safra 2023 são as estimativas da produção de soja e milho, ambas estabelecendo novos recordes. No caso da soja, a produção deve chegar a 149,1 milhões de toneladas, um aumento de 24,7% em comparação à quantidade obtida em 2022. Já o milho tem uma produção estimada em 119,9 milhões de toneladas, um crescimento de 8,8% quando comparado ao mesmo período de 2022.

Vale mencionar também a produção de trigo, que deve alcançar 9,9 milhões de toneladas. É um aumento de 0,9% em relação a março e apenas 1,7% menor do que os números registrados em 2022, quando o Brasil colheu a maior safra da série histórica do IBGE.

“De uma forma geral, a safra deste ano foi beneficiada pelo clima mais chuvoso em quase todo o país, com exceção do Rio Grande do Sul, onde houve falta de chuva durante a safra de verão. No ano passado a escassez de chuvas no estado foi ainda maior, e afetou também outros estados”, analisa o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

O clima favorável beneficiou também a produção de café, que obteve crescimento de 5,5% (3,3 milhões de toneladas) frente a 2022. “O clima este ano foi tão bom que, embora esperássemos uma produção menor, devido à bienalidade negativa do café arábica, ela está crescendo 13,0%, invertendo essa bienalidade. Enquanto o clima nesta safra beneficiou as lavouras, o da safra passada prejudicou”, complementa Barradas.

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco Grandes Regiões: a Centro-Oeste (12,6%), a Sul (28,8%), a Norte (11,9%). a Sudeste (4,3%) e a Nordeste (2,8%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos a Região Nordeste (0,4%), a Região Centro-Oeste (0,9%), a Região Sudeste (3,3%) e a Região Sul (0,4%). A Região Norte apresentou declínio (-0,9%).

Em relação a março, os principais aumentos nas estimativas de produção ficaram por conta do sorgo (14,6%), da batata 3ª safra (7,2%), da cana-de-açúcar (5,4%), do feijão 2ª safra (2,0%), da aveia (1,5%), da batata 2ª safra (1,4%), do tomate (1,3%), da soja (1,2%), do feijão 1ª safra (1,1%), do feijão 3ª safra (1,0%), do trigo (0,9%) e do milho 1ª safra (0,1%).

No sentido oposto, houve declínios nas estimativas de produção da cevada (-2,6%), do café canephora (-2,0%) e do café arábica (-0,4%). Normalmente o cultivo da cevada é realizado sob contrato com cervejarias nacionais, o que tem incentivado a produção no país como alternativa à importação do produto.

Com 30,7% de participação, Mato Grosso lidera a produção nacional de grãos

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,7%, seguido pelo Paraná (15,5%), Rio Grande do Sul (10,1%), Goiás (9,6%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (6,0%), que, somados, representaram 80,0% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (48,7%), Sul (28,0%), Sudeste (9,6%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,0%).

As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Goiás (1 298 334 t), em São Paulo (496 613 t), em Minas Gerais (423 266 t), em Santa Catarina (357 323 t), no Ceará (84 379 t), na Paraíba (6 156 t), no Piauí (6 009 t), no Rio de Janeiro (1 252 t), no Espírito Santo (267 t) e no Maranhão (1 t). Já as principais variações negativas ocorreram em Rondônia (-141 926 t), no Paraná (-61 200 t) e no Amapá (-260 t).

Fonte: IBGE

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