Novas linhas de transmissão ampliam escoamento de geração renovável
Três novas linhas de transmissão e uma subestação começaram a operar, fortalecendo a capacidade de escoamento de usinas eólicas e solares no Brasil. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), essa medida amplia o intercâmbio de energia do subsistema Nordeste em direção ao Sudeste/Centro-Oeste e ao Norte, minimizando as restrições de geração renovável.
Com as mudanças, o intercâmbio Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste aumentará cerca de 12%, passando de 11.600 MW para 13.000 MW. Na direção Nordeste-Norte, o volume exportado avançará em 30%, de 4.800 MW para 6.200 MW. A operação inclui a subestação Pacatuba e três linhas de transmissão de 500 kV, localizadas no Ceará, além de uma nova linha na Bahia prevista para o fim de outubro, elevando o limite de transmissão para 13.800 MW.
Ressarcimento e Desafios Regulatórios
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) destaca que as novas linhas melhoram o escoamento da geração renovável para o Sudeste e outras regiões consumidoras. Contudo, a associação ressalta a urgência na solução do passivo financeiro gerado por cortes de energia, aplicados pelo ONS e atribuídos equivocadamente às usinas. Desde 2022, cortes recorrentes geraram perdas significativas, acumulando um passivo de R$ 1,7 bilhão nos últimos 15 meses.
Apesar da expansão, a Absolar alerta para a necessidade de regulamentações que garantam compensação aos geradores e investimentos para evitar novos prejuízos. A associação reforça que o aumento das estruturas de transmissão e armazenamento de energia limpa é essencial para suportar o crescimento econômico e atender a setores emergentes, como hidrogênio verde e eletromobilidade.
Fonte: Portal Solar
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