Geração de energia solar cresce 45% na primeira quinzena de maio
A produção de energia solar nas usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 45,6% na primeira quinzena de maio de 2024, alcançando 3.103 megawatts médios (MWmed) em comparação com 2.131 MWmed no mesmo período do ano anterior. Essa análise preliminar foi divulgada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Desempenho de Outras Fontes de Energia
De acordo com o boletim da CCEE, as usinas eólicas também apresentaram um aumento significativo de 48,2% no mesmo período. Por outro lado, as hidrelétricas mostraram estagnação em sua produção. As usinas térmicas, por sua vez, tiveram uma redução de 4,8%. No total, a geração de energia no SIN registrou um incremento de 6,3%, atingindo 74.311 MW médios.
Consumo de Energia Elétrica
O consumo de energia elétrica no SIN teve um aumento de 7,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Especificamente, o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) apresentou um aumento de 12,6%, enquanto o Ambiente de Contratação Livre (ACL) oscilou negativamente em 0,6%.
Análise por Setores e Regiões
Ao analisar o consumo por ramos de atividades, os setores de serviços (6,8%), transporte (5,6%) e madeira, papel e celulose (3,3%) tiveram os maiores crescimentos. Regionalmente, o Rio Grande do Sul se destacou com uma queda no consumo, apesar de um aumento no ACR devido à estimativa de dados pela CCEE. Essa queda foi observada em todos os ramos de atividade do estado.
Condições Climáticas e Impactos
O cenário climático também influenciou esses resultados. A primeira metade de maio foi marcada por um sistema de alta pressão no Sudeste do Brasil, que impediu a entrada de frentes frias, mantendo as chuvas concentradas no Sul do país. No início de maio, chuvas intensas causaram enchentes e deslizamentos no Rio Grande do Sul, levando várias cidades a decretarem situação de calamidade pública. Esse episódio foi causado por uma frente fria intensificada pelo transporte de ar quente e úmido da região amazônica.
Consequências das Chuvas
As chuvas, que ultrapassaram 400 mm entre os dias 1 e 5 de maio nas UHE Dona Francisca e Castro Alves, foram três vezes maiores que a média climatológica para o mês. Subsequentemente, novas frentes frias trouxeram mais chuvas, embora em menores volumes, retardando a diminuição dos níveis dos rios que afetam Porto Alegre e a região metropolitana.
Com a continuidade das condições úmidas do solo, mesmo chuvas menos intensas contribuíram para aumentar as vazões, atrasando a normalização dos níveis dos rios. Este cenário tem impactado tanto a geração quanto o consumo de energia na região.
Fonte: Portal Solar