Em 2023, foram descobertas 21 novas famílias de malwares
A empresa de gerenciamento de dispositivos Jamf divulgou hoje o seu relatório anual Security 360, que exibe resultados relacionados à cibersegurança no mundo. O levantamento foi feito no quarto trimestre de 2023, a partir de uma amostra de 15 milhões de dispositivos com diversas plataformas protegidas pela companhia em 90 países.
Para início de conversa, só no ano passado, foram descobertas 21 novas famílias de malwares para Mac, sendo que os Laboratórios de Ameaças da Jamf monitoram cerca de 300 famílias. A empresa destacou que, apesar do foco da Apple em segurança e privacidade, criadores de ameaças estão visando cada vez mais o ecossistema da Maçã e com recursos técnicos consideráveis, criando ataques novos e difíceis de detectar para comprometer sistemas.
O relatório também exibiu as principais categorias de malwares para Mac, com destaque para adwares (36,77% de todos os malwares para a plataforma), aplicativos potencialmente indesejados (35,24%) e cavalos de Troia (17,96%), cuja popularidade está aumentando. A Jamf ressaltou, assim, como a ideia de que Macs são imunes a vírus é um mito, assim como a necessidade de se proteger contra ameaças.
Em geral, segundo o relatório, 40% dos usuários de dispositivos móveis e 39% das organizações estão usando um dispositivo com ao menos uma vulnerabilidade conhecida. Ademais, 20% da organizações presentes no espaço amostral da pesquisa foram impactadas por tráfego malicioso.
Outro problema ressaltado pelo relatório foi o phishing: 9% dos usuários de dispositivos móveis foram vítimas de golpes envolvendo a prática. Por sua vez, 20% das empresas pesquisadas estavam em risco de sofrerem tais ataques em razão de smartphones mal configurados, enquanto, em 18% das empresas, ao menos um usuário foi vítima de um ataque de phishing.
Em Macs, porém, tentativas de ataques do tipo foram 50% menos bem sucedidas do que em smartphones. A Jamf também chamou atenção para a quantidade de usuários com recursos de segurança desativados, como o FileVault, que criptografa dados e está desativado em 36% dos dispositivos pesquisados, e o firewall, desabilitado em 55% dos Macs. Até mesmo o bloqueio de tela não é usado por ao menos um usuário em 25% das organizações.
Quanto a aplicativos, apenas 8% das organizações pesquisadas tinham usuários com dispositivos móveis com uma loja de apps de terceiros, embora o Android apresente o dobro de downloads de apps de fontes de terceiros em relação ao iOS. Os apps mais baixados por tais fontes são o Tor e o Onion Browser; apps de troca de mensagens estão, por sua vez, entre os mais vulneráveis em dispositivos pessoais.
Além do uso de ferramentas integradas, a Jamf recomendou práticas simples, mas importantes, como manter dispositivos atualizados e habilitar recursos de segurança do dispositivo. Também é positivo abandonar hábitos de má “higiene de segurança”, de modo a se proteger de ameaças crescentes, incluindo em Macs, bem como em dispositivos móveis, alvos bastante visados por crackers.
Fonte: MacMagazine
Publicado em: Cybersegurança