CONCORRÊNCIA ENTRE EUA E BRASIL NAS VENDAS PARA CHINA DEVE AUMENTAR NA SAFRA
A concorrência entre Estados Unidos e Brasil pelas exportações de soja para o mercado chinês deve aumentar na safra 2020/21, estima o banco Commerzbank. “Em parte porque a safra norte-americana deve ser significativamente maior do que no ano passado e, em parte, em virtude da primeira fase do acordo comercial entre EUA e China”, avalia a analista de commodities agrícolas do banco, Michaela Kühl, em comentário diário enviado a clientes.
A analista cita entre os fatores que sinalizam a perspectiva de aumento das vendas externas da oleaginosa norte-americana para o país asiático a estimativa do USDA de que as exportações de soja dos EUA devem passar de 45 milhões de toneladas na safra 2019/20 para cerca de 56 milhões de toneladas na temporada 2020/21. “Se isso acontecer, será muito positivo, afinal, a retórica entre os EUA e a China é agressiva e não faltam questões controversas como a concorrência no setor de alta tecnologia, o surgimento do novo coronavírus, a autonomia de Hong Kong …”, pondera Michaela. Ela acrescenta também que o governo norte-americana não cogita o fechamento de uma segunda fase do acordo comercial neste momento.
Já para o Brasil, o USDA prevê que as exportações caem de 89 milhões de toneladas na safra 2019/20 para 83 milhões de toneladas no ciclo 2020/21. “Foi o Brasil em particular que forneceu o produto que permitiu que as importações de soja da China aumentassem para um novo recorde de mais de 11 milhões de toneladas em junho”, destaca Michaela.
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Publicado em: Agro&Negócios