CAFÉ/COCAPEC/CARLOS SATO: ALTA MOGIANA DEVE PRODUZIR 3,6 MI DE SACAS NESTA SAFRA
A região da Alta Mogiana, entre São Paulo e Minas Gerais, deve produzir um total de 3,6 milhões de sacas de café arábica na safra 2020, cuja colheita já começou e deve se intensificar em agosto. “Até o momento já colhemos cerca de 30% da área total, que é de 90 mil hectares em produção”, informou o presidente da Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas da Mogiana Paulista (Cocapec), Carlos Yoshiyuki Sato, em live promovida ontem à noite pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Ele disse, além disso, que as condições climáticas para a safra este ano “foram excelentes”. “A Alta Mogiana é reconhecida por produzir cafés finos e bebida de excelente qualidade”, garantiu ele, acrescentando, ainda, que a cooperativa já recebeu 300 mil sacas de café nesta safra. “Do total produzido na Alta Mogiana, a previsão é de que a cooperativa receba de 50% a 55%”, finalizou.
Conilon – Já o presidente do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV) – Espírito Santo, Marcio Candido Ferreira, disse no evento que a exportação de café conilon pelo Porto de Vitória deve bater recorde no mês de junho. Ele disse que os números ainda estão sendo fechados, mas devem alcançar entre 600 mil e 634 mil sacas embarcadas ao exterior pelo porto capixaba, “que é onde é exportado praticamente 100% do conilon produzido no País”, acrescentou. Em maio, foram exportadas pelo terminal 500 mil sacas da variedade.
Ele disse que a safra de conilon no Espírito Santo deve alcançar este ano entre 10 milhões e 12 milhões de sacas, ou cerca de 1,5 milhão a menos do que a safra passada. “Já a Bahia deve colher 2,8 milhões de sacas, ante 2,4 milhões na safra passada, com crescimento de 400 mil sacas”, informou. “Na Bahia a colheita já se encerrou e, no Espírito Santo, deve terminar em julho. Atualmente temos 85% da safra colhida no Estado.” Ferreira comentou que a pandemia de coronavírus não atrasou os trabalhos de campo e, com isso, o fim da colheita deve ficar “em linha” com safras passadas.
Sobre o estoque de passagem da variedade, a previsão é de que neste ano ele se encerre em nível mais alto ante o anterior, por volta de 3 milhões a 3,5 milhões de sacas.
Contato: tania.rabello@estadao.com
Publicado em: Agro&Negócios