Bioinsumo pode gerar economia de US$ 5,1 bilhões ao Brasil
O Brasil pode economizar até US$ 5,1 bilhões anualmente ao adotar bioinsumos em culturas como milho, arroz, trigo, cana-de-açúcar e pastagens. Além disso, essa prática pode reduzir a emissão de gases de efeito estufa, segundo um estudo realizado pelo Ministério da Agricultura, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) e o Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras.
Impacto na Redução de Emissões
O relatório aponta que a substituição parcial de fertilizantes nitrogenados por bioinsumos pode diminuir em até 18,5 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano. Esse dado reforça o papel dos bioinsumos no desenvolvimento de uma agricultura de baixo carbono no Brasil, além de aumentar a eficiência no uso de nutrientes.
Menor Dependência de Fertilizantes Importados
Atualmente, mais de 80% dos fertilizantes usados no país são importados, o que deixa o setor vulnerável a oscilações no mercado internacional. Com a adoção de bioinsumos, essa dependência pode ser reduzida, fortalecendo a produção nacional.
Potencial das Bactérias e Inovações
O estudo destaca que a bactéria Azospirillum brasilense é a mais utilizada como biofertilizante no Brasil, devido ao seu potencial de descarbonização. Além dela, outras bactérias e consórcios microbianos estão em desenvolvimento, abrindo novas oportunidades para o setor.
Desafios e Soluções
Embora os avanços sejam promissores, o estudo ressalta a necessidade de mais investimento em pesquisa e desenvolvimento. A falta de conhecimento técnico é um desafio, mas programas como o Plano Nacional de Fertilizantes e o Programa Nacional de Bioinsumos estão focados em ampliar a produção e o uso desses insumos no Brasil.
Fonte: GloboRural