Alta temperatura impacta nos preços de frutas e hortaliças comercializadas no atacado
As altas temperaturas registradas em setembro trouxeram impactos na comercialização das principais frutas e hortaliças no país. O forte calor acelerou a maturação de alguns produtos, o que motivou tanto o comportamento de alta como de queda nos valores comercializados no atacado, como revela o 10º Boletim Prohort divulgado, nesta quarta-feira (21), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Entre os produtos que sofreram a influência do calor está o tomate, apresentando alta nas cotações em praticamente todas as Centrais de Abastecimentos analisadas pela Conab, sendo a maior variação em Brasília, de 32,5%. Apenas na Ceasa do Rio de Janeiro a hortaliça ficou mais barata. A maturação precoce concentrou a oferta do tomate nos primeiros dias de setembro, quando o preço baixou, mas a oferta diminuiu no restante do mês, o que trouxe um efeito de elevação de preços na média final. No entanto, pelo acompanhamento dos preços diários, é possível notar uma tendência de queda a partir da segunda quinzena deste mês.
As altas temperaturas também intensificaram a entrada de melancia no mercado. Com a elevação da oferta principalmente da região de Uruana, em Goiás, os preços no acatado ficaram mais baixos, estimulando a demanda. O volume da melancia negociado em nove centrais de abastecimento analisadas no boletim chegou a ser 60% superior ao registrado em agosto deste ano. Outro produto influenciado pelo clima é o mamão, que ficou mais barato no mercado atacadista devido ao amadurecimento acelerado.
Demais produtos – O clima quente e seco nas principais zonas produtoras de batata impulsionou os produtores a acelerar o ritmo da colheita para que a qualidade dos tubérculos não fosse comprometida. Com a maior disponibilidade do produto, os preços caíram em todas as centrais analisadas. As condições climáticas também influenciaram na maior demanda pela laranja que, aliada a uma menor oferta da fruta, apresentou alta de preços nas Ceasas pesquisadas.
A cenoura, pelo segundo mês consecutivo, também ficou mais cara em todos os mercados atacadistas analisados. Assim como no caso do tomate, a maior variação positiva foi registrada no entreposto de Brasília, com 38,5%. A menor produção da hortaliça no estado de Minas Gerais gera reflexos nos mercados analisados, elevando o preço no atacado.
Outras informações sobre a comercialização das principais frutas e hortaliças comercializadas no setor atacadista podem ser conferidas no Boletim disponível no site da Companhia.
Publicado em: Agro&Negócios