Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China
A China, principal parceiro comercial do Brasil, abriu quatro novos mercados para produtos agropecuários do país. O anúncio foi feito durante o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, em Brasília, nesta quarta-feira (20). Com a conquista, o Brasil alcança a marca de 281 mercados agropecuários abertos desde o início de 2023.
Protocolos garantem exportação de novos produtos
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) assinaram quatro protocolos que estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para exportação. Os produtos autorizados são uvas frescas, gergelim, sorgo e derivados de pescado, como farinha e óleo de peixe para alimentação animal.
Potencial comercial e impacto econômico
Os novos acordos representam um potencial comercial de US$ 450 milhões por ano, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa. Considerando o potencial do Brasil, o valor pode ultrapassar US$ 500 milhões anuais. A China, maior importadora de gergelim e farinha de pescado no mundo, é vista como um mercado estratégico para o Brasil.
- Gergelim: A China importou US$ 1,53 bilhão em 2023, com o Brasil representando 5,31% do comércio global.
- Farinha de pescado: Importações de US$ 2,9 bilhões em 2023, com o Brasil contribuindo com 0,79% das exportações mundiais.
- Sorgo: O Brasil responde por 0,29% do mercado global, enquanto a China importou US$ 1,83 bilhão no ano passado.
- Uvas frescas: A China, grande consumidora de uvas premium, adquiriu mais de US$ 480 milhões em 2023.
Exigências para exportação
Os protocolos estabelecem requisitos rigorosos para exportadores brasileiros. Para uvas frescas, é necessário o registro de pomares e boas práticas agrícolas. Já para farinha e óleo de peixe, as empresas precisam seguir o sistema APPCC e garantir rastreabilidade dos produtos.
Relação estratégica entre Brasil e China
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltou a importância da relação diplomática entre os países, que completou 50 anos em 2024. Ele destacou o papel do Brasil como fornecedor confiável de alimentos e energia renovável, além de sua capacidade de produção sustentável para atender à crescente demanda chinesa.
Fonte: MAPA