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16 de julho de 2020

IBGE detalha em mapas as 97 subprovíncias estruturais do país

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O IBGE lança hoje (16/7) a publicação Macrocaracterização dos Recursos Naturais do Brasil – Subprovíncias Estruturais, que traz mapas com as 97 subprovíncias do país.

O estudo é o terceiro volume da série que apresenta informações e análises sobre Geologia, Geomorfologia, Pedologia e Vegetação. Neste volume o tema geologia retrata os reflexos da evolução geotectônica.

A publicação completa pode ser acessada aqui e pela Plataforma Geográfica Interativa (PGI).

O terceiro volume da série Macrocaracterização dos Recursos Naturais do Brasil traz mapas com as 97 subprovíncias que compõem as 14 províncias estruturais identificadas no primeiro volume, representando espacialmente os principais eventos geológicos do território nacional. Ao apresentar uma visão integrada dos diferentes ambientes geológico-tectônicos, a publicação fornece a estudantes, professores, profissionais das Geociências e ao público em geral uma avalizada fonte de informações. Além disso, o produto contribuirá para o delineamento das unidades naturais, as quais poderão ser utilizadas como referência espacial das Estatísticas Ambientais e das Contas Econômicas Ambientais do IBGE.

As subprovíncias agrupam as unidades litoestratigráficas (estratos ou camadas rochosas) envolvidas nos mesmos processos de origem, deformação e evolução geodinâmica, como a movimentação e interação das placas tectônicas, a consequente formação ou aglutinação de continentes, bem como a abertura ou o fechamento de oceanos e bacias sedimentares continentais durante os últimos 4,5 bilhões de anos da história geológica do planeta. Embora envolvam regiões com mesma evolução geológica, resultam em uma estruturação (arquitetura) bem distinta das subprovíncias adjacentes.

Distribuição das Subprovíncias Estruturais do Brasil,
segundo o tempo geológico de referência

O estudo mostra que, no Brasil, massas continentais, ou supercontinentais, aglutinaram-se e depois fragmentaram-se no Éon Arqueano (entre 2,8 bilhões e 2,6 bilhões de anos atrás); no Paleoproterozoico (entre 2,2 bilhões e 1,8 bilhão de anos); no Mesoproterozoico (entre 1,2 bilhão e 1,1 bilhão de anos); e no Neoproterozoico (entre 1 bilhão e 540 milhões de anos), para se fragmentar, uma última vez, no Mesozoico (entre 225 milhões e 60 milhões de anos atrás), quando então a América do Sul passou a ser delineada até atingir a forma e a posição atuais.

Os mapas da publicação seguem e representam os modelos geotectônicos já disponíveis na literatura nacional e internacional, e foram aplicados e ajustados ao mapeamento geológico contínuo do Brasil elaborado pelo IBGE na escala 1:250.000.

Região amazônica ainda possui lacunas de informações geológicas

A despeito da grande potencialidade mineral de seu subsolo, a publicação mostra que a região Amazônica, de modo geral, ainda apresenta tratos mal definidos no que se refere ao quadro evolutivo, com muitas dúvidas nos modelos tectônicos disponíveis e carência de mapeamentos geológicos de campo, mesmo na escala 1:250.000. Essa percepção é ainda mais forte notadamente ao norte do Pará (na Serra do Acaraí); no noroeste do Amapá (na serra do Tumucumaque); na divisa entre os Estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará (na Chapada do Cachimbo); no sul do Pará (no interflúvio Xingu-Tapajós); e no Amazonas (na bacia do Alto Solimões).

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