Programa de Subvenção do Seguro Rural bate recorde em 2021
Os resultados do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do governo federal foram recordes no ano passado, segundo o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pedro Loyola.
No ano passado, o governo destinou R$ 1,18 bilhão ao programa e área segurada somou 14 milhões de hectares. Os dados foram apresentados por Loyola em evento online realizado pela Mapfre Seguradora na tarde desta quinta-feira (20).
Em 2021, 121.220 produtores acessaram o programa com 217.934 apólices.
“Mantivemos o porcentual de cobertura da soja em 20% e, com isso, conseguimos ampliar o leque de produtores cobertos pelo seguro”, pontuou Loyola. O valor segurado no ano passado foi de R$ 68,3 bilhões. O prêmio totalizou R$ 4,25 bilhões.
De acordo com Loyola, as indenizações pagas por seguradoras aos produtores atingiram R$ 4,1 bilhões de janeiro a novembro do ano passado. “Foram R$ 4,1, bilhões que o governo deixou de gastar com indenizações no Proagro”, comentou.
O Paraná respondeu por 32,6% do valor subvencionado e a cultura da soja respondeu pelo maior volume de contratos.
Para 2022, o diretor do Mapa destacou que o Orçamento da União prevê R$ 990 milhões ao PSR. “Neste ano, teremos destinação de recursos mais eficiente”, apontou.
Atualmente 15 seguradoras privadas estão credenciadas no PSR no Brasil. “Estamos assinando contrato com outras duas, que devem entrar em fevereiro, e uma terceira tem expectativa de trabalhar com programa na nova safra que inicia em julho. Talvez em 2023 tenhamos 20 seguradoras privadas no PSR – número próximo ao visto nos Estados Unidos e Europa”, afirmou.
O subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Economia, Rogerio Boueri Miranda, afirmou que o programa de subvenção traz menor ameaça à estabilidade fiscal do governo que o seguro próprio, caso do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).
“No Proagro, o risco é assumido pelo Tesouro. Em uma situação de forte seca pode gerar elevada indenização pelo Proagro e comprometer metas fiscais porque o tesouro tem de arcar com os riscos. na subvenção, o tesouro sabe quanto irá gastar e, em caso de sinistro, a instituição financeira indeniza o produtor”, apontou.
Fonte: Canal Rural
Publicado em: Agro&Negócios