Paraná: Frio intenso e seca resultam em queda de produtividade de 48% nas lavouras de milho segunda safra
O desempenho estimado das lavouras de milho segunda safra no Paraná foi fortemente impactado pelas condições climáticas adversas. As baixas temperaturas aliadas à restrição hídrica refletiram em uma queda na expectativa da produtividade em 48%. Com isso, os produtores paranaenses devem colher 2.606 quilos do cereal por hectare, como aponta o 11º Levantamento de Safra de Grãos 2020/2021 divulgado nesta terça-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
As chuvas ocorridas no mês de junho até chegaram a amenizar, um pouco, os danos nas lavouras tardias. Porém, as geadas ocorridas no mês de julho acentuaram os danos, provocando perdas ainda maiores. Como houve um registro de aumento de 10% na área plantada, a queda na produção é um pouco menor e pode chegar a 42,8%, ficando em torno de 6,5 milhões de toneladas.
Entre as culturas de inverno, destaque para cevada e o trigo. Estes dois produtos são influenciados pelo aumento no preço do milho, uma vez que podem compor a alimentação animal e, também, seguem valorizados. Para a cevada, as lavouras encontram-se em boas condições. Devido ao estádio vegetativo em que se encontram, as últimas geadas não provocaram danos significativos na cultura. A área de plantio deste grão registrou crescimento de 19,2%. Além da valorização por causa do milho, há um planejamento por parte das cooperativas de construir uma maltaria na região de Ponta Grossa, o que tende a incentivar o cultivo de cevada não só na região onde ela será instalada, mas também em outras regiões do estado.
Já o trigo apresenta boa sanidade das lavouras com a ocorrência do frio. A área de cultivo para o grão tem crescimento de 6,7% e uma produtividade estimada em 3.230 quilos por hectare, podendo chegar a uma produção de 3,8 milhões de toneladas. Porém, as geadas em todo o estado ocorreram em um período em que quase 30% das lavouras se encontravam em fase reprodutiva, ou seja, suscetível ao evento climático. No entanto, as possíveis perdas de produtividade ainda serão quantificadas pela Conab.
Fonte: Conab
Publicado em: Agro&Negócios