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16 de julho de 2021

Soja: ensaio mostra desempenho das principais variedades na safra 2020/21 no rio grande do sul

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O Ensaio de Cultivares em Rede (ECR), que reúne dados sobre o desempenho de diferentes cultivares nas principais regiões produtoras de soja do Rio Grande do Sul, mostra que na safra 2020/21 o potencial produtivo é de até 122 sacas de 60 kg por hectare (sc/ha), enquanto a média do Estado está em 57,2 sc/ha.

O principal objetivo da rede experimental de soja é fornecer informações adicionais aos produtores e assistência técnica. O levantamento é realizado há mais de uma década pelo Sistema Farsul e Fundação Pró-Sementes.

Para argumentar a importância da escolha da variedade de soja, a gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl, relatou em comunicado o exemplo de Fundo. Segundo ela, a diferença de produtividade entre as cultivares de maior e menor rendimento foi de 27 sacas/ha. Com um preço médio de R$ 150,00 por saca de soja, a definição da variedade pode significar R$ 4.050,00 de impacto nos rendimentos do produtor.

Na safra 2020/2021, os ensaios foram conduzidos em 11 municípios, dentro das três microrregiões sojícolas no estado. A pesquisa foi realizada em Pelotas, Cachoeira do Sul, Cacequi, São Gabriel, Bagé, São Luiz Gonzaga, Júlio de Castilhos, Santo Augusto, Passo Fundo, Lagoa Vermelha e Vacaria em duas épocas de semeadura. Foram avaliadas 39 cultivares definidas pela maior representatividade de hectares aprovados para produção de sementes e que são indicadas pelo Zoneamento Agrícola do Ministério da Agricultura para o Estado do Rio Grande do Sul.

Segundo Kassiana, as condições climáticas na safra 2020/2021 foram bem variáveis no Rio Grande do Sul, mas de modo geral foi um bom ano para a sojicultura no estado, tendo em vista que os modelos climáticos estimavam baixos índices pluviométricos ao longo do desenvolvimento da cultura. Os meses de novembro, fevereiro e abril foram meses de pouca chuva, o que prejudicou o estabelecimento dos ensaios em algumas regiões como Bagé, Cachoeira do Sul, Cacequi e São Luiz Gonzaga e no estágio de maturação, enchimento de grãos em materiais de grupo de maturação mais longos nas regiões mais frias como Passo Fundo, Lagoa Vermelha e Vacaria.

Na microrregião 101, a maior produtividade ficou com a cultivar 95R90IPRO, com 122 sc/ha na segunda época de semeadura nos ensaios de Pelotas. Na primeira época, o destaque foi a 95R51 com 109 sc/ha em São Gabriel. Na microrregião 102, a Neo 610 IPRO atingiu 122 sc/ha, em Santo Augusto, na primeira época. Na segunda época, o primeiro lugar ficou com a cultivar BRS 5804, mas com produtividade de 103 sc/ha, em Passo Fundo. Na microrregião 103, três cultivares dividiram a primeira colocação, BRS 5804 RR, DM 57I52RSF IPRO, ambas na primeira época, e DM 5958 RSF IPRO, segunda época, com 85 sc/ha, em Vacaria. Todos resultados são relativos ao ciclo precoce.

O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, avalia o estudo como “absolutamente fundamental na vida de qualquer produtor de soja no Rio Grande do Sul”. Ele lembra que a pesquisa não trata de uma competição entre sementes comercializadas no Estado. “Não existe o melhor ou pior material para o Rio Grande do Sul, existem diversos materiais para variadas regiões. Isto (a publicação) hoje é um guia para definir as genéticas”, explica.

Os resultados de todos os Ensaios de Cultivares em Rede estão disponíveis para consulta nos sites da Farsul (www.farsul.org.br) e Fundação Pró-Sementes (www.fundacaoprosementes.com.br). Além disso, o Sistema Farsul distribui aos Sindicatos Rurais a publicação impressa dos resultados a cada safra.

Fonte: Broadcast Agro

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