Adoção de blockchain vai impulsionar agronegócio, diz Ministério da Agricultura
O diretor-adjunto da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Angelo Mazzillo Júnior, afirmou que o processo de modernização que os cartórios do Brasil vem passando com a adoção de blockchain e alta tecnologia será um propulsor para o agronegócio no Brasil.
Segundo Mazzillo, o processo de modernização que é conduzido pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), com o e-notoriado e outras ferramentas, traz mais eficácia para a cadeia do agronegócio no país.
Os cartórios de notas estão presentes em diversas camadas da sociedade brasileira. No caso do agronegócio os produtores beneficiam-se da fé-pública dos tabeliões de notas para garantir autenticidade e eficácia de diferentes etapas de sua cadeia de produção e, até mesmo, dos trabalhadores e famílias envolvidas no mercado de trabalho rural.
Crédito para Giro e Investimento
Mazzillo Junior explica, em conversa com o CNB/CF que um dos principais pontos da pasta é estimular o desenvolvimento dos mercados de crédito do agronegócio via sistema financeiro e via mercado de capitais, como instrumento de gestão do comércio.
Assim, a escritura para constituição de crédito e o uso de atas notariais para comprovação de entrega de safras, por exemplo, garantem registros e validações de forma barata, ágil, padronizada e segura, o que possibilita não apenas o estímulo ao crédito para o agronegócio como também desenvolve o mercado de capitais em que serão contabilizadas grandes somas de recursos oriundos da poupança da sociedade brasileira.
“Nesse sentido, nos Estados Unidos, o mercado financeiro estruturado tem montante de recebíveis registrados na ordem de 50% de seu PIB, enquanto, no Brasil, tal montante representa apenas 3% do PIB. Por isso, temos um amplo mercado a se desenvolver que demandará infraestrutura de registro 20 vezes maior do que dispomos hoje. Aqui está representado o papel dos cartórios nos negócios”, indica Mazzillo Junior ao lembrar a importância do fator “garantia e segurança” no desenvolvimento do crédito. (Exame)
Publicado em: Agro&Negócios