Sistemas integrados elevam produção de grãos e armazenam mais carbono no solo no Matopiba
Estudo da Embrapa Meio-Norte (PI) aponta que a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) é a estratégia mais eficaz para garantir sustentabilidade na produção de grãos no Matopiba, região que abrange áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Mais carbono e nitrogênio no solo
A pesquisa avaliou diferentes sistemas de cultivo — incluindo ILP, ILPF, pastagem e Cerrado nativo — e concluiu que o ILP e as pastagens bem manejadas oferecem maiores estoques de carbono e nitrogênio, elementos essenciais para a fertilidade do solo. Além disso, o ILP demonstrou maior presença de substâncias húmicas, que influenciam diretamente na retenção de água, nutrientes e atividade microbiana.
Benefícios para o produtor e para o meio ambiente
De acordo com o pesquisador Edvaldo Sagrilo, o aumento do carbono no solo melhora a produtividade das culturas e otimiza o uso de insumos, como fertilizantes. Outra vantagem importante é a redução das emissões de carbono, o que contribui para o combate ao aquecimento global e pode gerar créditos de carbono no futuro.
Resultados práticos no campo
No Maranhão, o produtor Fernando Devicari colhe os frutos da adoção do ILP há 15 anos: dobrou a matéria orgânica no solo e aumentou em 7,8 sacas/hectare a produção de soja. A palhada do consórcio milho-capim ajudou a equilibrar a fertilidade, mesmo com o clima quente e úmido da região.
Modelo replicável
Embora os dados sejam do Matopiba, a Embrapa afirma que os sistemas integrados podem ser adotados em outras áreas do Cerrado, promovendo ganhos ambientais e econômicos em diferentes regiões do país.
Fonte: Embrapa
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