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21 de maio de 2025

Nordeste lidera alta de 10,8% na geração eólica do Brasil em 2024

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Mesmo com a crise de renováveis que atingiu principalmente o Nordeste, o Brasil encerrou 2024 com um crescimento de 10,8% da capacidade instalada de geração eólica em relação ao ano anterior. No final de dezembro último, eram 1.103 parques eólicos e 11.720 aerogeradores em operação, ultrapassando os 33 gigawatts (GW) de capacidade instalada.

Os números fazem parte do Boletim Anual 2024 da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica) lançado esta semana. A geração eólica é a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, responsável por 16,1% de toda a capacidade instalada do país.

Ainda em 2024, o setor realizou um investimento de cerca de R$ 10,1 bilhões para implantar 76 parques com uma potência instalada de 3.254,3 megawatts (MW), sendo que 1.953,9 MW de capacidade instalada ficaram na Bahia, que também recebeu o maior número de parques eólicos: 48.

Além da Bahia, os demais Estados receberam o seguinte número de parques: Piauí (8), Rio Grande do Norte (9) e Rio Grande do Sul (3), Paraíba (3), Ceará (3) e Pernambuco (2). No Rio Grande do Sul, se instalou 10% da capacidade instalada durante 2024 e o restante ficou no Nordeste. Confira mais detalhes no quadro abaixo.

A geração eólica, o presente e o futuro
A presidente executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum, afirma no boletim, que 2024, marcou, pela primeira vez um decréscimo na nova capacidade de geração eólica instalada no Brasil. Foram instalados 3,2 GW de capacidade instalada em novos parques em 2024, contra os 4,8 GW, recorde de instalação de geração eólica por três anos consecutivos.

O boletim também diz que os cortes de geração foram mais agressivos em 2024. Também chamados de curtailment, os cortes de geração trouxeram muitos prejuízos às eólicas do Nordeste, que tiveram que gerar menos do que o previsto por determinação do Operador Nacional do Sistema (ONS). Isso ocorreu devido a vários fatores, como uma operação mais conservadora das linhas de transmissão existentes pelo ONS, falta de linhas de transmissão em algumas localidades e excesso de geração em alguns horários que o consumo de energia do País é menor, entre outros.

“Trabalhamos muito em 2024 e tudo indica que trabalharemos ainda mais. Não saímos da crise eólica, mas os dois próximos anos trarão um novo recorte, um novo olhar com uma nova perspectiva”, afirma Elbia.

Uma dos caminhos para a eólica continuar se expandindo no Nordeste é a futura produção de hidrogênio verde, indústria eletrointensiva que vai precisar de muita energia renovável para produzir.

Expectativas para o setor e posição global
Ainda nas expectativas, o boletim cita como positiva a sanção da Lei nº 14.801/2024, que estabelece o marco legal para a geração de energia elétrica offshore no Brasil, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos projetos eólicos no mar.

No mundo, o Brasil é o 5º País que tem maior capacidade instalada de geração eólica, ficando atrás da China (478,8 GW), Estados Unidos (154,1 GW), Alemanha (63,7 GW) e Índia (48,2 GW).

Fonte: Movimento Econômico

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