Mão de obra e insumos elevam custos de obras no país

O FGV IBRE, em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), lançou a primeira edição do Boletim da Infraestrutura. A publicação, de periodicidade trimestral, tem como objetivo acompanhar os principais indicadores, tendências e desafios do setor, em um momento de retomada dos investimentos e busca por estabilidade orçamentária para obras de longo prazo.
A edição inaugural, referente a março de 2025, traz uma análise detalhada dos custos das obras frente ao cenário econômico atual. Um dos destaques é o índice DNIT-R, desenvolvido para medir a evolução das despesas em infraestrutura rodoviária. De acordo com o levantamento, a mão de obra liderou a pressão inflacionária, com alta acumulada de 5,34% em 2024, tendência que deve continuar em 2025. Já os materiais, como o asfalto modificado por polímero, apresentaram variação de até 13,04%, evidenciando a volatilidade dos insumos.
Outro destaque do boletim são os dados da Sondagem de Infraestrutura do FGV IBRE, que indicam maior resiliência das empresas do setor em comparação à construção civil em geral. Mesmo diante de desafios como juros altos, incertezas fiscais e escassez de mão de obra qualificada, as expectativas para o setor são positivas, com projeções de crescimento na atividade e geração de empregos.
Para aprofundar a discussão, o boletim também lança uma série especial no podcast Conexão Econômica. Os episódios contam com a participação de especialistas do DNIT e visam apoiar decisões estratégicas de gestores públicos, investidores e demais agentes envolvidos na cadeia da infraestrutura.
Fonte: FGV