MME aponta que hidrogênio é uma das grandes fontes de energia do futuro para a transição energética
O Ministério de Minas e Energia (MME) está liderando iniciativas para consolidar a economia do hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil. A aprovação da Lei 14.948/2024 foi um marco, criando o primeiro marco legal do setor. Sob coordenação do Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (Coges-PNH2), o MME já discute o decreto regulamentar que definirá a governança e criará o Sistema Brasileiro de Certificação de Hidrogênio (SBCH2). Essa certificação garantirá padrões de qualidade e chancela estatal ao hidrogênio produzido no país.
Potencial Brasileiro e Metas do PNH2
O Brasil tem capacidade técnica para produzir 1,8 gigatonelada de hidrogênio anualmente, destacando-se como um dos principais mercados em potencial. O Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2) prevê metas ambiciosas:
- 2025: Implementar plantas piloto em todas as regiões do Brasil.
- 2030: Tornar o Brasil o maior produtor competitivo de hidrogênio.
- 2035: Estabelecer hubs estratégicos de produção.
Além disso, o plano busca multiplicar investimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento no setor em sete vezes até 2025, fomentando a inovação e a competitividade.
Infraestrutura de Transmissão e Hubs Regionais
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) está desenvolvendo um plano de infraestrutura para apoiar os hubs de hidrogênio, com foco na região Nordeste. Estados como Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte lideram em projetos de eletrólise da água.
Investimentos e Projeções
Atualmente, 57 GW de projetos de hidrogênio estão em desenvolvimento no Brasil, com investimentos de R$ 212 bilhões, concentrados principalmente no Ceará e Piauí. Esses projetos refletem o compromisso do país em liderar a transição energética global, combinando sustentabilidade com inovação tecnológica.
Com essas ações, o Brasil está posicionado para se tornar uma referência mundial no mercado de hidrogênio de baixa emissão de carbono.
Fonte: MME