Golpe usando páginas falsas do Google Meet espalha malware
Uma nova campanha chamada ClickFix está sendo usada por cibercriminosos para infectar sistemas Windows e macOS com infostealers, utilizando páginas falsas do Google Meet. Segundo especialistas em cibersegurança, os atacantes criam mensagens de erro falsas no navegador para induzir as vítimas a executar um código malicioso no PowerShell, comprometendo os dispositivos.
Ataques Manuais e Sofisticados
A tática explora a familiaridade dos usuários com serviços populares. Assim como em campanhas anteriores, como ClearFake e OneDrive Pastejacking, os criminosos usam sites falsos que imitam serviços como Google Meet, Zoom, Facebook e Google Chrome. Para os usuários de Windows, o malware StealC e Rhadamanthys são os principais infostealers instalados. Em dispositivos macOS, o infostealer Atomic é o responsável por comprometer os sistemas.
Um dos fatores que tornam esse ataque mais perigoso é o fato de o código malicioso ser executado manualmente pelas vítimas, reduzindo a chance de detecção por ferramentas de segurança. Isso faz com que o golpe seja mais eficaz, já que muitos sistemas de proteção se baseiam na detecção automática de atividades suspeitas.
Grupos Envolvidos e Ameaças Emergentes
Os especialistas identificaram dois grupos por trás da campanha ClickFix: Slavic Nation Empire e Scamquerteo. Os dois parecem compartilhar infraestrutura e métodos de ataque, o que sugere uma colaboração ou coordenação para expandir o alcance da campanha.
A campanha reflete uma tendência crescente no uso de infostealers de código aberto, como ThunderKitty, que facilita o trabalho dos cibercriminosos. Essa facilidade de adaptação e uso torna esses malwares uma ameaça crescente, colocando empresas e indivíduos em risco de roubo de informações confidenciais e invasões de sistemas.
Ações de Prevenção
Para se proteger contra ataques como o ClickFix, é essencial que usuários e empresas fiquem atentos a comportamentos suspeitos e evitem executar comandos desconhecidos em seus dispositivos. Além disso, é recomendável que soluções de segurança sejam atualizadas constantemente para reconhecer novas variantes de malware e que práticas de cibersegurança sejam reforçadas, educando os usuários sobre os perigos das páginas falsas e dos códigos maliciosos.
Fonte: BoletimSec