Indústria nacional cai 1,4% em julho, após intenso crescimento em junho
A produção industrial brasileira registrou um recuo de 1,4% de junho para julho, após um avanço significativo de 4,3% no mês anterior. Essa queda reflete uma desaceleração após o crescimento intenso, influenciado pelo retorno à produção de unidades afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul em maio. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM – Brasil), divulgada pelo IBGE, a produção industrial ainda se mantém 1,4% acima do nível pré-pandemia, mas está 15,5% abaixo do pico histórico alcançado em maio de 2011.
Impacto por Setores
Duas das quatro grandes categorias econômicas e sete dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram queda na produção. Os setores de produtos alimentícios (-3,8%), coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (-3,9%), indústrias extrativas (-2,4%), e celulose, papel e produtos de papel (-3,2%) foram os principais responsáveis pela retração. No setor de alimentos, a produção de açúcar e carnes foi prejudicada pela seca no Centro-Sul, contribuindo significativamente para a queda.
Setores em Alta
Apesar das quedas, 18 atividades industriais registraram crescimento em julho. O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias teve um aumento expressivo de 12,0%, impulsionado principalmente pela produção de automóveis e, em menor grau, por autopeças. Outros setores, como produtos de metal (8,4%) e produtos diversos (18,8%), também mostraram forte crescimento, ajudando a compensar parte das perdas registradas em outros segmentos.
Crescimento Anual
Em relação a julho de 2023, a produção industrial cresceu 6,1%, com resultados positivos em 21 dos 25 ramos pesquisados. Setores como veículos automotores (26,8%) e produtos químicos (10,5%) lideraram o crescimento. Esse aumento foi beneficiado por dois dias úteis a mais em julho de 2024 em comparação com o mesmo mês do ano anterior e uma base de comparação mais fraca, o que contribuiu para o desempenho positivo registrado.
Fonte: IBGE