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Manchetes do Mercado

2 de agosto de 2024

Exportação de frutas passa de US$ 511 milhões no 1º semestre e se encaminha para novo recorde em 2024

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No primeiro semestre de 2024, o Brasil atingiu um valor recorde de US$ 511,9 milhões em exportações de frutas, conforme dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). Esse número representa um crescimento de 5,09% em comparação com o mesmo período de 2023.

Fatores de Crescimento

A Abrafrutas atribui esse crescimento ao aumento dos preços das frutas exportadas, resultado da quebra de safra e da redução nos volumes exportados por concorrentes do Brasil para a União Europeia. Além disso, a variação cambial positiva no início de 2024 também impulsionou esse aumento.

“Estamos satisfeitos com o desempenho das exportações de frutas brasileiras no primeiro semestre de 2024. Apesar dos desafios climáticos, conseguimos aumentar o valor das exportações devido à elevação dos preços e à variação cambial favorável,” afirmou Guilherme Coelho, Presidente da Abrafrutas.

Expectativas para o Ano

Em 2023, as exportações de frutas brasileiras totalizaram US$ 487,097 milhões nos primeiros seis meses, alcançando um recorde de US$ 1,238 bilhões no ano. Diante dos resultados positivos no início de 2024, o setor espera superar esse recorde até o final do ano.

“Os resultados dos primeiros seis meses foram acima das expectativas, indicando que devemos superar a marca de US$ 1 bilhão em exportações de diversas frutas,” declarou Valeska de Oliveira, Country Manager da IFPA Brasil.

Desafios e Perspectivas

Apesar do aumento em valor, o volume exportado no primeiro semestre de 2024 foi 8,72% menor que no mesmo período de 2023, com 429.663 toneladas contra 470.709 toneladas.

“Em 2023, tivemos um recorde de receita, mas não de volume. O ano passado foi marcado por dificuldades climáticas, que permitiram ao Brasil aproveitar a ruptura na oferta e manter os preços em patamares elevados,” explicou Junior Silveira, Diretor da Xportare.

Para o segundo semestre, Silveira prevê um crescimento nos números, apesar das condições climáticas adversas no início de 2024. “Tivemos um primeiro semestre difícil com chuvas atípicas, o que limitou a produção. No entanto, esperamos uma boa safra de qualidade no segundo semestre, com preços favoráveis e demanda elevada,” disse ele.

Expansão para Novos Mercados

Atualmente, 75% das exportações brasileiras de frutas destinam-se à União Europeia. No primeiro semestre de 2024, os Países Baixos foram os principais importadores, seguidos pelo Reino Unido e Espanha.

“A dependência da Europa como único mercado é arriscada. É urgente diversificar os destinos das exportações,” alertou Silveira.

Esforços estão sendo feitos para abrir novos mercados, incluindo a recente abertura do mercado chinês para a uva brasileira. “Estamos explorando oportunidades na China e Oriente Médio, além de mercados como Coreia do Sul, Índia e América do Sul. Essas iniciativas são cruciais para o crescimento contínuo das exportações,” comentou Oliveira.

Participações em feiras internacionais, como a Fruit Logística Ásia em Hong Kong e a Fruit Attraction em Madrid, são parte da estratégia para expandir os mercados. “Essas feiras são fundamentais para estabelecer novos contatos comerciais e explorar oportunidades de mercado,” destacou Coelho.

“O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, mas apenas o 23º em exportação. Precisamos avançar na exportação para capitalizar nosso potencial,” concluiu Silveira.

Fonte: Notícias Agrícolas 

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