Colheita de soja no Rio Grande do Sul: avanços e desafios
Avanço da Colheita
A colheita de soja no Rio Grande do Sul alcançou 91% da área prevista para a safra 2023/24, conforme informou a Emater-RS. Apesar do avanço de seis pontos percentuais em uma semana, o ritmo ainda está atrás dos 96% registrados no mesmo período do ano anterior e dos 97% da média histórica.
Retomada em Regiões Atrasadas
A Emater-RS destacou que a colheita foi retomada em áreas onde estava mais atrasada, especialmente no sul, oeste e parte central do Estado. No entanto, a diminuição da umidade não tem sido suficiente para afastar o pessimismo quanto ao potencial produtivo da safra.
Perdas nas Lavouras
As perdas nas lavouras são significativas, principalmente após o período chuvoso. Para as plantas colhidas mais tardiamente, que tiveram seu ciclo encerrado recentemente, o índice de grãos danificados ou germinados é menor. A Emater-RS destacou que mesmo nas regiões com menores precipitações, os solos continuam saturados, prejudicando a colheita.
Impactos das Condições Climáticas
Além das perdas por grãos germinados, mofados e pela debulha natural, os custos de colheita aumentaram devido à necessidade de operar em solo úmido. Esse cenário levou ao uso parcial dos graneleiros para evitar danos causados pelo excesso de peso durante a locomoção.
Projeção de Produtividade
A projeção inicial de produtividade, que era de 3.329 quilos por hectare, deve ser revista para baixo, dependendo dos resultados dos levantamentos que a Emater-RS está realizando sobre o impacto das enchentes.
Desafios na Secagem e Armazenagem
A alta umidade dos grãos, muitas vezes próxima a 30%, tem dificultado a entrega nas unidades de secagem e armazenamento. Para uma armazenagem adequada, a umidade deve ser reduzida para cerca de 14%. A capacidade dos secadores, no entanto, é limitada.
Logística de Secagem
As cooperativas com unidades de recebimento nas regiões Central e Campanha têm transportado os grãos para realizar a secagem em sedes localizadas no Planalto Médio. Isso ocorre devido à alta demanda de tempo e lenha para a combustão nos locais de colheita.
Fonte: Globo Rural