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24 de julho de 2023

Uso de energia solar é alternativa para economia sustentável de negócios em Roraima

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Usar energia limpa e renovável garante uma série de benefícios, como um menor impacto ambiental, a otimização do uso de recursos, redução de desperdícios e custos operacionais, que e interfere diretamente no fator econômico ao garantir um mesmo resultado e com menos gastos a longo prazo. São esses pontos que têm feito com que empresários de Roraima invistam em energia solar como modelos de negócios sustentáveis.

Neste cenário, um usina solar localizada no Distrito Industrial, zona Oeste de Boa Vista, passou a vender placas solares. Atualmente, a empresa tem 236 placas que deverão gerar uma economia na conta de energia de três propriedades (Esta reportagem é uma produção do Núcleo Amazônia, da Rede Amazônica Roraima).

“A vantagem principal é a economia. O cliente de cara já consegue economizar, a partir do segundo mês já vem a taxação mínima e mesmo com as mudanças que tiveram na legislação isso acaba sendo muito vantajoso ainda”, explica o gerente da empresa, Daniel David.

David vê no mercado de energia solar uma opção de crescimento. “É um mercado que tem crescido exponencialmente ano após ano. Tem ano que cresceu 300%, até 500%. É um mercado que veio pra ficar e pra somar com a economia do nosso estado”, avalia.

Mas, não é apenas o ramo da energia solar que tem ganhado cada vez mais espaço no mercado local. Outros modelos de bioeconomia, como por exemplo uma Biofábrica produz até 50 mil clones de mudas de plantas frutíferas e ornamentais integram o crescimento econômico com inovação aliado à conservação ambiental.

Estas iniciativas contam com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Roraima. “A bioeconomia a gente entende que é uma oportunidade dos micro e pequenos negócios de introduzirem inovações, seja em processo produtivos em produtos ou em serviços baseados em recursos naturais e biológicos renováveis, trazendo assim uma oportunidade de uma economia mais sustentável”, afirma o analista da unidade de gestão da inovação do Sebrae, Laércio Furtado.

Um dos objetivos do Sebrae ao trabalhar com esse público é levar o conhecimento para o microeempreendedor individual sobre como a bioeconomia pode ser vantajosa no mercado local.

“O que é importante frisar é que a bioeconomia não está focada apenas em negócios da floresta. Você pode encontrar bioeconomia em vários segmentos, mesmo os tradicionais até aqueles mais inovadores. O que falta ainda é o conhecimento. É entender que você pode renovar seu negócio, com pequenas atitudes e assim oportunizar negócios que tragam benefícios sociais, ambientais e econômicos”, pontua Laércio.

E, assim, Roraima segue uma tendência que avança mundialmente. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a bioeconomia gera 22 milhões de empregos e movimenta 2 trilhões de euros no mercado mundial. A perspectiva é que até 2030 o setor responda por 2,7% do PIB brasileiro.

Algumas áreas específicas que têm experimentado um crescimento notável nos negócios sustentáveis e na bioeconomia incluem: energias renováveis, agricultura sustentável, bioprodutos e materiais sustentáveis, além de tecnologias limpas – isso ajuda a aquecer o mercado, gerar renda e a desenvolver a economia local por impulsionar essa transição para uma economia mais sustentável.

“Existe uma demanda crescente por esse tipo de mercadoria sustentável e a gente tem um diferencial: Estamos na Amazônia. Então muitas vezes cobram muito mais da gente essa questão da bioeconomia do que de outros lugares do planeta. É uma oportunidade de negócio interessante que pode atrair até mesmo empresários de fora para Roraima, sem falar que tudo que trata sobre sustentabilidade, modelo econômico ou de negócio a gente tá tentando fazer com que aquele processo vá além da nossa geração e atinja outras gerações também”, avalia o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), Fábio Martinez.

Fonte: G1

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